quinta-feira, 31 de outubro de 2019

resoluções contínuas

Diz meu marido que a maturidade tá me deixando chata. Pode ser. É que tenho procurado me poupar, evitar aborrecimentos e desde 2018 tenho avançado em algumas escolhas que melhoraram e muito meu roteiro. São elas:

1) Colocar-se como prioridade. Sim, você é quem mais próximo existe de si mesmo. E se você estiver bem consigo mesmo, fazendo as atividades que aprecia, você melhora com o próximo. Presença que faz diferença para você também. Eu ando amando minha companhia e o tempo que tenho reservado como meu presente.

2) Não mais relevar o que é tóxico. Nossa fiz isso por anos e é muito doentio. Até que dei um basta e como diz mãe: tapei os caminhos de vez.  Encerrei ciclos. Pense numa prática libertadora! Melhor afastamento sincero do que proximidade falsa. Distância de léguas se possível. A energia renovada foi sentida até pelas plantas da minha casa que seguem numa florada bonita que dá gosto.

3) Evitar rótulos, comparações e gente que prega o enquadramento. Fulano é assim, Cicrano é assado. Gente cada ser humano é um universo. Eu posso gostar de X, ele de Y, podemos até gostar de algumas coisas similares, ter certas afinidades. E podemos ser opostos total. Cada um respeita e pronto. Agora não tenho mais paciência pra gente que vive nessa classificação doentia ou se acha dona da verdade. É daquele tipo de pessoa que azeda que não tem mel que adoce.

4) Liguei o FODA-SE para a opinião dos outros. Sabe aquela pessoa que vem dizer: Fulano disse isso e aquilo de você. Respondi: não precisa me contar já sei faz tempo e não me importo. Quem fala na linha da fofoca destila veneno e meu radar anda ligadíssimo. Não tenho o menor interesse nessa pauta. Por favor me poupe. Obrigada. De nada.

5) Em tempos de interpretação de texto e fala tão terríveis, priorize os diálogos nutritivos. Aqueles que agregam pelo conteúdo aprendiz. E ainda que a acidez do contexto atual esteja brava e eu não consiga me privar de sofrer em alguns pontos, eu tento me afastar cada vez mais de pessoas, conversas e situações que ferem meus princípios. Parece até egoísta essa ação, mas tenho que preservar minha saúde.

6) Reconhecer seus limites, teus erros e fraquezas não te diminui. Pelo contrário. Te faz melhor consigo mesmo. Dar conta de tudo é impossível, delegar tarefas é vital. E outra, tem dias que estamos mais cansadas e precisamos de colo, de choro. E tudo bem. Quem disse que precisamos ser a Mulher Maravilha sempre? Eu aposto que até ela tem seus momentos de tristeza e estresse. Faz parte do roteiro. Aceite, abrace e renove as forças para seguir adiante vencendo as adversidades, que sempre irão surgir.

7) Ouvir sua intuição. A minha anda cada mais aflorada. O que sentimos diz muito. Quando ouvimos mais nossas próprias vozes conseguimos compreender melhor as situações que nos cercam e enxergar os sinais. Até me chamaram de bruxa e louca, que elogios fabulosos!

8) Limpe as arestas do seu coração e sua visão ampliará, com muito mais suavidade com você e o próximo. Melhora a compaixão, o perdão e o silêncio sábio. Assim selecionamos melhor a importância de certas coisas e nos auxilia a valorizar o que realmente faz sentido. É faxina sensorial e eficaz.

9) Refine suas relações. Sim, torne as que valem a pena mais próximas e transparentes. Mantenha contato com gente amiga e com a família que presta (sim tem quem não preste e até no plural viu. E isso em todas as famílias que conheço). Esse refinamento traz uma leveza e faz um bem danado.

10) Sei que para alguns eu também não presto e tudo bem. Não sou santa nem tenho pretensão de ser e como disse na resolução 4, faz tempo que não ligo para esse tipo de opinião. Desejo de todo coração, para todas as pessoas, que não alimentem ódio. É danoso! Pelo seu próprio bem, cuidem de suas vidas com Amor que eu ando cuidando da minha. Já diz certa canção: “Quem tem Amor na vida tem Sorte”. Eita que eu tenho MUITA. Posso afirmar com toda certeza: Eu não odeio ninguém. Deus me livre desse sentimento. Eu sei muito bem quem sou e o que sinto. Simples assim.

Por fim, essas não são apenas resoluções de Ano Novo, são contínuas e tenho me esforçado para manter a disciplina com a conexão dessas resoluções, tentando melhorar a cada dia, tomando coragem para decidir com afinco e sequenciar as ações das minhas escolhas. Eu errei, ainda erro e quando percebo tento aprumar o rumo. Nessa caminhada, as leituras e a escrita são balsamos. Gratidão aos meus livros, minhas letras no caderno, no teclado e nas páginas imaginárias. Sou também muito grata a minha família próxima, aos amigos e aos encontros que movimentam o círculo da energia aprendiz e afetuosa.

fotografia: Anderson Milani. Meu amigo do livro-coração.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A alquimia da 6ª edição do Leia Mulheres Osasco

O primeiro livro da Conceição Evaristo por indicação do Leia Mulheres Osasco marcou tanto. Sua escrita tem uma “costura” incrível, a passagem do tempo enlaçando os personagens, evocando memórias ancestrais e nos convocando ao alongamento do olhar e dos sentidos. Os enunciados nos fazem enveredar, como uma porta que se abre para uma trilha sonora da poesia nas páginas de uma casa com muitas janelas. É um canto sensorial que embala tantas reflexões. Fiquei tão emocionada com poemas que afloraram memórias fortes que seguem vibrando em meus poros. E já tenho outros dois da Conceição na fila da leitura.

Já foram seis edições, seis livros e muitas trocas. Nossa Senhora do Nilo da autora Scholastique Mukasanga, O Pais das Mulheres de Gioconda Belli, Um Corpo Negro de Lubi Prates, A Telepatia são os outros de Ana Rusche, Poemas de Wislawa Szymborska e Poemas da Recordação e outros Movimentos de Conceição Evaristo. Que teia de leitura fantástica. Quanta partilha cada livro é capaz de multiplicar.

Ontem teve comemoração com os deliciosos pães de mel, feitos com primor pela Carol. Façam suas encomendas no (1196190-0079). Digo que ela faz poesia com os doces. Todos apreciamos essa combinação do encontro, do pão de mel, dos poemas, dos abraços e do afeto que compartilhamos. Que alquimia! #leiamulheresosasco




Até a próxima edição, com o livro que está me deixando sem fôlego. A Vegetariana de Hang Kang.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Eita setembro ligeiro e afetuoso

Despertei no dia 30/09/19. Eita que setembro foi tão intenso e ligeiro. Teve frio, calor e brisa. O mês de transição entre as estações é diferencial. Teve o lançamento do livro da Viviane Nogueira na Mário de Andrade, o #leiamulheresosasco com Wislawa Szymborska, encontros tão preciosos que seguem enlaçado novas leituras e aprendizados. Teve cinema em casa com a família, churrasco com amigos, o futebol do Arthur, a reunião escolar das crianças, os cuidados com o jardim, replantando, doando muda, vaso, na janela tem uma nova moradora, a bela e perfumada lavanda, florada das roxas avermelhadas. Quintal, casa, jardim, chegada e caminhos entrecruzando o roteiro do mês cheio de afeto.

Alguns momentos ficam apenas nas imagens da memória. Em outros conseguimos registrar ou sermos registrados. A minha seleção de fotos do mês, algumas já publicadas, ilustram múltiplas sensações do tanto afeto que experimentei. Obrigada por cada personagem de setembro. O mês termina com minha Lua Nova no céu, com gratidão no coração e com a agenda de outubro repleta de eventos. Bora bora florear a estrada.


O lançamento do livro da Viviane Nogueira, com presença amiga e afetuosa

A florada no meu quintal, no mês de transição, no fim do inverno brota a primeira e na semana da primavera aflora com força. Há 4 anos acompanho

A Carol Tofani faz poesia com os doces. Foi o presente que escolhi para a poeta Vivi. Façam suas encomendas de bolos, doces e salgados (11) 96190-0079

eu amo janelas, e a nova moradora da minha é uma lavanda que logo irá para o jardim

E o especial "madrinho" passou no jogo do domingo e alegrou meu menino Arthur. É como sempre digo: Presença faz toda diferença. Tem tanto amor nesse laço

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Sobre a 5ª edição do Leia Mulheres Osasco

“Como você tem disposição para sair a noite em pleno dia da semana, depois de ter trabalhado o dia inteiro?” Ouvi essa pergunta depois de uma postagem com a foto do último encontro do #leiamulheresosasco . Sim, eu tenho energia para participar de encontros que tocam meus sentidos. Sempre apreciei a leitura, poesia, saraus. Com as crianças pequenas fiquei afastada por algum tempo e agora estou retomando a interação.

Do que você tem se alimentado? No #leiamulheres encontro um fértil alimento de histórias e poesias que vão se entrelaçado. Os livros tem esse incrível poder de gerar laços afetuosos. A convite da Marili Alexandre, participei do primeiro encontro realizado em maio/2019 na Biblioteca Monteiro Lobato. Ela que esteve presente na primeira edição é dessas “mães, amigas, irmãs” poéticas que a vida nos presenteia.

É um presente também conhecer as mediadoras Vivi e Pilar e todos os demais participantes. Cada um com seu roteiro inunda o encontro de modo especial. É sensível, é forte, é questionador, é aprendiz. A troca tem sido tão nutritiva que todos os meses tenho participado. Cada livro aflora muitas percepções.
Na 5ª edição os poemas de Wisława Szymborska foram compartilhados como uma cachoeira torrencial banhando o caminho das pedras e das águas com distintas questões. O ontem, o agora, o amanhã, pontuando um tempo que é efêmero e perene, que é sério e brincante, que tem lágrima e riso e que tem aquilo que chamo de indizível para cada personagem e, ainda assim, nos torna semelhante na estrada: o que sentimos é o que faz sentido.

#leiamulheresosasco  Participe, aqui e na sua cidade #leiamulheres 
Hoje mesmo inicio a leitura do próximo livro. Até a próxima edição.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Agosto intenso e sensorial

E não é que agosto passou ligeiro. De repente a chuva de setembro já fertiliza os campos. Todo mês tem seu diferencial. E cada pessoa tem suas marcas em um ou vários meses. O certo é que no espaço de um mês há muita vida, mesmo que tenha uma data que nos lembre da morte. No fim, o que recordamos é de fato o que vivemos ou deixamos de viver. A presença da morte nos faz lembrar a importância de viver. É um dos motivos pelos quais eu valorizo tanto os encontros, como este que finalizou o mês. Tão bom reunir amigas, cada uma com sua singularidade, trocando experiências na fértil teia da amizade.

E falando do término lembrei que comecei agosto visitando uma tia especial que mora em Guarulhos. Eu e mãe saímos cedo de casa, num domingo invernal gelado e atravessamos a rota intermunicipal para fazer essa visita. Chegamos embaixo de chuva e fomos aquecidas pelo calor humano do abraço e das risadas. É que o riso está em nosso DNA, mesmo quando falamos nas tristezas, temos esse dom de arrancar humor das entranhas.

E caminhando para o fim do mês teve a 4ª edição do Leia Mulheres Osasco e foi enriquecedor. Segue reverberando as muitas trocas que o livro nos proporcionou. E já estou enveredada na leitura de setembro. As palavras e as sensações misturadas, de outros horizontes, épocas e personagens. As que leio. As que escrevo. As muitas letras que ganham vida e me faz crer na força da escrita como ilustração daquilo que sentimos e da força que elas têm em gerar laços.

Tivemos também aniversário no sítio, um final de semana de sol, alegrias, dança, risadas e conversas. Entre sabores e dissabores o mês foi sendo costurado. Teve idas ao hospital, exames, aconchego de casa, decisões e providências que estão em curso. E por tantos cheiros, abraços, lágrimas e afetos, eu sou muito grata por todas as graças do mês que terminou e do que já nasceu.

Gratidão agosto por tantos encontros e afetos. Setembro está florescendo

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Livro, companhia, café, combinação

No ponto com o livro na mão. De vez em quando eu tirava o olhar da página para ver se o ônibus estava chegando. Já me avisaram que tem um App que avisa a rota do bus e imagino que ele seja útil. Umas 8 pessoas no ponto, concentrada nas telas. Depois de 10 minutos o ônibus chegou, tinha o meu lugar preferido para sentar, o banco alto. Conclui o capítulo, fechei o livro no meu colo e fiquei contemplando pela janela o movimento da rua. Um vai e vem rápido, um grupo de alunos rindo muito, com suas mochilas nas costas e celulares nas mãos, uma senhora com passos lentos...Nesse tempo de contemplação perdi o ponto, desci no outro. Tudo bem, hoje estou sem pressa. Fiquei pensando se em tempos tão virtuais alguém ainda lê no ônibus, contempla a paisagem e joga conversa fora. Desço e retorno pela rua que não precisava ter percorrido se tivesse decido no ponto certo, segurando o livro na mão e sentindo o vento frio do inverno. Resolvi parar para tomar um café, com leite, daqueles com espuma. E enquanto saboreio minha bebida favorita, leio mais um capítulo. Que delícia de companhia e combinação.
Livro companhia da tarde invernal. Excelente novela!

Onde e como ficam gravadas nossas impressões? Como é o retrato do lar nossa casa? Quanto aprendizado e descobertas uma viagem pode representar? Como a despedida e o recomeço são entrelaçados? Quantas encruzilhadas nos reserva o caminho? De que forma tecemos nossa telepatia? No meu caso, os sentidos são a teia. Talvez seja porque desde cedo eu aprendi que sentir faz toda diferença. A telepatia são os outros, livro de Ana Rusche, tema da 4ª edição do Leia Mulheres Osasco, proporcionou uma partilha de percepções tão sensoriais. Incrível como um livro é capaz de aflorar nossas memórias e tecer laços. Gratidão pela presença da autora e de todos, registrando mais um especial encontro do projeto. Até a próxima edição. #leiamulheresosasco

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A metamorfose do sentir e sentidos

Engraçado como me dei conta do quanto evolui em determinado quesito ao ouvir recentemente a frase de uma amiga: “Adoro a sua frase: -quando azeda, não tem mel que adoce-. É um marco de sua transformação.” E as gargalhadas ecoaram. O diálogo enveredou por páginas de livros, pela ótica da psicologia que encontro também na poesia e que são capazes de tecer costuras com situações do nosso cotidiano.

Saber que minha frase também teve impacto reflexivo para outra pessoa, especialmente sobre a relevância da escolha do SIM e NÃO, com coerência com aquilo faz diferença em sua vida, foi um presente dessa conversa que segue ressoando. Pode até ser a idade, ou a maturidade avançando, o certo é que ando mesmo dando um basta em tudo aquilo que me abusa. A seleção refinada anda cada vez mais refinando os laços.

Ao me afastar de tudo que desgasta vejo florescer novos horizontes. Realmente a fluidez é mágica quando nos damos conta de que o impulso para a mudança está palpitando dentro de nós. É por isso, que se você realmente for próxima e me ver meio sumida, não se assuste, estou em plena metamorfose. Agora se for daquelas de proximidade REAL, chega mais na presença ao vivo e a cores que tem muitas risadas para tecermos juntas. Está em meu DNA a arte de compartilhar o que sinto com quem faz sentido!
A simbologia da metamorfose: Borboleta. Crédito da imagem: Pinterest

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Gratidão pela fertilidade invernal de julho

Ah longo julho, abençoado mês do nascimento da minha menina das águas. Gratidão por sua passagem. Ela que é um presente em nossas vidas, dedicamos todo amor, do tamanho do oceano. A grandeza da sua sensibilidade é um laboratório aprendiz dos meus dias e eu me sinto tão abençoada por ser sua mãe. Preciosa Isa, da Lua Cheia.

E cada fase lunar foi intensa. Julho das surpresas que explodem no inverno de outro tempo. Sim, a transformação acontece no seio desse cotidiano moldando o tempo de cada um e de cada coisa. Os retratos que se apresentam de tantas formas: sutis, escancaradas, doidos, fortes, suaves ... O vento cortante vindo da friagem do Sul avança e me fez procurar o calor da sopa, do abraço, do cobertor do silêncio e daquilo que sentimos no olhar que tanto diz.

Das leituras com as crianças, o destaque foram: Sinto o que Sinto. E a incrível História de Astar e Jaser, Caderno sem Rimas de Maria e os quadrinhos da Turma da Mônica. Os livros, meus companheiros de cabeceira, meus amigos de todos os dias. Um corpo negro de Lubi Prates, Bruxisma de Pilar Bu e dessas indicações preciosas que chegou dia 30/07 e estou lendo com todos os poros: Redemoinho em dia quente de Jarid Arraes. Há uma teia literária de uma leitura que desperta outras. E a sequência tem um quê de magia.

Um corpo negro tocou profundamente minhas cicatrizes. Foi o livro tema do Leia Mulheres de julho. Ontem tivemos o especial encontro com a presença da escritora. Partilhar aquilo que sentimos, nossas vivências e aprendizados, nessa comunhão da leitura compartilhada, foi e seguirá sendo enriquecedor. A poesia tem esse poder de nos rasgar e remendar e criar laços diferenciais, daqueles que marcam.

As mensagens aflorando das linguagens que enxergamos pela ótica dos sentidos. Memórias do mês que virou capítulo de 2019. Elas seguirão ressoando e fortalecendo as conexões. Tem Lua Nova iniciando agosto. Viva!

segunda-feira, 22 de julho de 2019

O modo automático virtual prejudica as relações reais?

Eu uso o WhatsApp comercialmente. Sem dúvida, é uma importante ferramenta que agiliza os contatos. E mesmo que a agilidade seja fator determinante em muitos setores, o bom senso e a gentileza não deveriam faltar. Algumas pessoas enviam mensagens que quando não são respondidas imediatamente geram diversas interrogações. Alguns ligam via zap e a nitidez desse tipo de ligação nem sempre é favorável. A resposta via WhatsApp pode não ser imediata por diferentes motivos: eu posso estar em uma ligação no telefone fixo; atendendo cliente no balcão; emitindo a garantia da turbina e etc.

Tenho procurando estar presente em cada ação e isso tem efeito positivo para solucionar cada demanda de atendimento. Além disso, pode ser horário de almoço ou não ser horário do expediente. Tudo tem os prós e contras. E todo excesso é prejudicial. Com essa convicção alinhada, determinamos atender as demandas do trabalho, no horário do expediente das 8:00 às 17:00, respeitando o intervalo do almoço das 12:00 às 13:00. Desligamos os celulares da empresa pontualmente às 17:00.

Pessoalmente eu uso o WhatsApp com muita moderação. A pessoa que mais falo é com minha filha que mora do outro lado do continente. Esses dias eu ouvi de uma criança um alerta que serve para muitas pessoas: “minha mãe tem tanto grupo de zap que fica parte do dia só vendo mensagens.” Muitas vezes a pessoa está tão ligada no automático que sequer percebe a quantidade de tempo que tem dedicado ao celular. Acaba perdendo a oportunidade de contemplar as preciosidades do cotidiano, dessas coisas simples como a leitura de um gibi com um filho e gargalhar junto com as tirinhas, contemplar o pôr do sol, ler um bom livro e tantas outras coisas.

Os grupos de WhatsApp são úteis? Sim, podem até ser. Tudo é uma questão de como você utiliza. Eu não aprecio grupos e só estou inscrita em alguns com poucos membros e que tem uma função importante. Um deles é o grupo de mães da catequese cujas mensagens sobre as atividades costumam acontecer 1 vez por semana. O outro é o grupo dos amigos do churrasco. E o último é composto por amigas conterrâneas cuja interação acontece para agendar encontros e nos falarmos vez ou outra. Nosso melhor diálogo é mesmo ao vivo e a cores. Da família não participo de nenhum. Do jeito que a minha é enorme, eu iria receber tantas mensagens que meu celular simples iria pifar imediatamente.

Outra coisa que tenho percebido e que poucas pessoas estão se falando ao telefone, apenas por mensagem. Eu prefiro falar e sentir a voz da pessoa, especialmente, com os laços da minha jornada. Ah e se precisar falar comigo e for urgente, me liga. Posso demorar horas para responder mensagens de zap. Dependendo do teor eu nem respondo. A ligação eu costumo retornar. Por exemplo, no aniversário de pessoas que estimo eu ligo e tenho ouvido com espanto de algumas pessoas a seguinte frase: “nossa só você mesmo para ligar, foi a única ligação que recebi”. Nossa que estranho ouvir isso com mais frequência. A diferença em receber uma mensagem e ligação, na minha compreensão, é gigante e diz muito sobre consideração. É assim que sinto e o que sinto faz muito sentido em minha vida. Será que a comunicação entre as pessoas passará a ser apenas por mensagens?

Os encontros reais tem a graça do abraço, do olho no olho, do sorriso que aflora. Em tempos de contatos tão virtuais que acelera o modo automático das pessoas, a indiferença parece maior e a proximidade rara. Percebo gente que espalha AMOR nas redes sociais pela família e sequer visita o ente que se diz “querido”. Tá na REDE e não na REAL. É o carinho maquiagem, é a exibição espetáculo. Já li em uma mensagem que fui ver horas depois de enviada: “nossa que saudade, faz tempo que não te vejo”. E respondi: Moro na mesma casa, trabalho no mesmo lugar e meu telefone é o mesmo. É preciso ficar atento para não se deixar viciar pelo modo automático e prejudicar suas relações reais. O abraço é melhor do que um áudio no WhastApp. E tem gente percebendo com nitidez essa falha, falta e desequilíbrio. Tenho observado com muita alegria um movimento inverso. De gente se desligando para se ligar.
Crédito da imagem: Wikipédia

terça-feira, 2 de julho de 2019

Junho tríade abençoado

A palavra tríade faz referência ao mês dos três Santos, Santo Antônio, São João e São Pedro. Junho sempre foi um mês especial na minha jornada. Nasci no sertão e sei o quanto junho é precioso em nossa terra. Lembro com muito carinho das novenas e procissão de São João Batista. Dessas memórias afetivas que seguem vivas na alma.

Por aqui também tem as festas juninas, na escola, na igreja. As diferenças são grandes. Ainda assim eu aproveito esse período com muito gosto pelas comidas da festa. Ah o milho e suas derivações deliciosas. Que alquimia saborosa. E as festas juninas do mês de junho/2019 estão na minha lista de gratidão. Que a fogueira da boa tradição continue a se perpetuar pelas gerações.

A viagem ao Rio de Janeiro também foi abençoada. Rever pessoas que estimamos é tão gratificante. Além de todo encanto que o Rio desperta pela beleza da paisagem, tem uma poesia na cidade que aflora os sentidos. Há muitos Rios por descobrir. A curta viagem deixou saudade. Não há tradução para aquilo que nos toca, apenas nuances do que sentimos e posso dizer que o afeto encantador carioca é especial.

E junho teve a edição do Leia Mulheres e minha leitura do mês, o País das Mulheres, foi uma descoberta maravilhosa. Incrível quantas conexões uma obra é capaz de tecer. Ler é mágico. Esse é um hábito que procuro estimular nas minhas crianças e fico fascinada com a atenção que o meu caçula tem cultivado.

Impossível registrar aqui todas as graças de junho. Sinto imensa gratidão por este mês capítulo de 2019. Que continuemos a cultivar a essência do que é essencial. Para encerrar o post, a imagem que escolhi, do meu filho Arthur jogando nas areias de Copacabana. Continua a ressoar em minhas orações as palavras que ouvi de um ambulante. E também sua emoção afetuosa e suas lágrimas na despedida da viagem. Sentir faz sentido. Retornaremos Rio.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

O Rio, a promessa cumprida, o encanto e a cidade

Esse feriado viajei pro Rio. As meninas do Rio já vieram nos visitar aqui algumas vezes e eu estava devendo esse retorno. Cumprir a promessa trouxe uma doce sensação de leveza. Toda viagem, mesmo que curta, é uma experiência aprendiz. E o Rio tem muito a nos ensinar. O encanto com a paisagem é deslumbrante. E foi encantador a ternura que senti com os laços.

Fazia muito tempo que não visita a capital carioca. Foram apenas três dias e retornei com saudade do que vi e do muito que a cidade tem para descobrir. Há muitos Rios no Rio de Janeiro. As crianças gostaram da proximidade com o mar, do metrô, do picolé. É realmente um privilégio morar perto da praia, poder andar sentindo a brisa que sopra do oceano.

Adorei andar pelas ruas da Urca, tão charmosas. Um lugar muito aprazível para morar, fiquei assim imaginando. Não sei se é a realidade para quem reside ou frequenta. No trajeto da van até o Corcovado eu e Isa ficamos observando as graciosas Ruas das Laranjeiras e Cosme Velho. E também nos chamou atenção algumas ruas bem arborizadas de Copacabana.

Uma das melhores maneiras de conhecer o lugar é conversando com quem mora. Algumas das falas que ouvi: “a cidade tá arrasada pela corrupção dos últimos governantes”, exclamou um ambulante. Outro me disse com medo no olhar sobre a “praga dos milicianos”. Outra sobre o aumento dos estabelecimentos fechados em decorrência da crise. “Antes de indicar um local hoje temos que conferir se ainda está aberto ou já fechou as portas”. Outro problema citado é o aumento de pessoas desempregadas da capital. Apensar dos muitos desafios, tenho convicção de que o Rio continua e seguirá sim sendo uma “cidade maravilhosa”.

É um lugar que tem uma energia ímpar e uma poesia que toca. Eu retornarei Rio pra te encontrar melhor.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

casamentos, caminhos, roteiros, gerações

Minha mãe e meu pai se conheceram em Lagoa do Barro. Foram casados por alguns anos. Não completaram as bodas de prata como eu. Como muitas famílias da região, meu pai veio para São Paulo trabalhar de pedreiro para nos sustentar. Até que resolveram trazer toda família pro Sudeste. Sim, somos uma família como muitas outras de retirantes nordestinos que vieram para São Paulo. Lembro como se fosse hoje do dia que cheguei aqui e contemplei o céu cinza, a neblina gelada e meu corpo pequeno e frágil trêmulo de medo e frio. Na época éramos 4 irmãos e fomos direto pra casa da tia Coca, tão pequena, e que ainda assim nos abrigou. Ficamos duas semanas em São Paulo e depois viemos para Osasco, pra casa do tio Antonio Piqui, irmão da minha madrinha Cotinha. E já são 30 anos em OZ, como carinhosamente chamamos Osasco. Sou muito grata pela cidade que nos acolheu. Aqui construímos nossos laços sem perder as conexões com a terra onde nascemos. Os cenários são diferentes, os personagens também e seguimos nossos passos. Depois da separação meu pai morou um tempo por aqui e retornou para Lagoa do Barro. Nós ficamos, órfãos de certa forma. Sobrevivemos.

Então vamos elencar a família gerada desse casamento retratado na imagem:
Meu irmão Paulo, eu brinco que tem asas nos pés, vive na estrada com sua bagagem mochila, já percorreu alguns destinos e está sempre pronto a embarcar em novos roteiros. Atualmente mora em Jericoacoara e está com embarque agendado semana que vem para algum lugar da América do Sul.

A Lane é minha irmã de casa, do cuidado com os seus e nossos, lembra muito vozinha e mãe pelo gosto do seu canto. É tão preciosa.

Meu irmão Giva é o galego. Ele é retrato de alegria, faz 6 anos que mora em Parnamirim, se adaptou bem ao sertão. Sempre recebe nossas visitas e vem aqui nos ver.

E o paulista Henrique, estudante de letras da USP está trilhando seu caminho criando as letras do seu enredo. Mora na capital, perto do metrô, pense em um menino inteligente e criativo.

Mãe é nossa fortaleza. Quando penso por todas as adversidades que enfrentamos, meu peito inflama de gratidão por ter uma mãe tão nobre. “Eita que a risada de Fátima é inesquecível”. É uma frase que sempre escuto sobre minha mãe. Que sensacional ter a risada como marca. Ela é a Senhora de rodinhas nos pés, ligeira, alegre, disposta e repleta de bondade.

Somos 5 filhos, 6 netos e 3 netas. Bruna, minha primogênita já é mãe, eu sou avó e meus pais bisavós da Peaches, a tataraneta do Sr. Chico Cordeiro, Dona Cotinha, Sr. Enoque e Dona Joaninha, que tem a honra de está viva e ter conhecido Peaches, ainda que por vídeo e foto, já que ela é americana e está há léguas de distância, porém, presente naquilo que chamo de proximidade sagrada, dessas que carregamos no DNA e coração.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Maio, mês de Maria. Gratidão

Junho já está em curso e as bandeiras de São João já enfeitam as cidades. Findei o mês em um dia muito corrido, o final de semana seguiu com eventos e ontem a noite, ao chegar em casa da festa junina me dei conta que eu não tinha parado para registrar meu compromisso de agradecer a bênção de mais um mês do ano. Depois da oração, adormeci revivendo os acontecimentos preciosos do mês mariano.

Fui ao terço três vezes, teve reunião da catequese para os pais com o tema dons do Espírito Santos. Participei do primeiro encontro do Leia Mulheres cujo livro sugerido é sensacional e não poderia ter mais sintonia: Nossa Senhora do Nilo. Como esse livrou me impactou, tanto que eu li num fôlego e ele já seguiu de presente para outra leitora voraz. Ah os cânticos de Maria entoados no terço palpitaram em meu coração com a recordação das novenas de Maria da minha infância. O dia da coroação de Maria, na última noite de maio com a fogueira das flores é uma imagem sensorial que carrego na alma. E por falar em Mãe, tive o melhor dia das mães dos últimos tempos contemplando o nascer do Sol com minha Isa e Arthur, no lugar sagrado para meus sentidos e história.

Pela graça de um amigo, pelas divinas providências, por tua luz que nos guia e ampara, pela proteção dos anjos, pelas orações matinais, pelos sonhos intuitivos, tenho muito para agradecer a Mãe Santíssima. Nossa Senhora, Maria de tantos retratos, teu exemplo de Amor é uma fortaleza sagrada. Obrigada maio de 2019, por tantos afetos e graças. Seguimos tocando os sinos para anunciar o Amor. Amém!

terça-feira, 30 de abril de 2019

Abril e o ciclo vida e morte do outono de todos os tempos

Abril sempre será um mês especial em minha vida. Nasceram no outono deste hemisfério, minha primogênita e meu caçula. Uma diferença de 18 anos entre eles. Um da Terra, outro do Fogo. E celebrar a vida dos dois é uma alegria que renova minha gratidão e a certeza de que cada estação tem muito sentido. O ciclo é perene, embora não sejamos imortais.

Mesmo que não compreendamos na hora e duvidemos em alguns momentos, tudo tem um propósito e vamos aprendendo. Assim o tempo vai nos moldando, e vice e versa também. Não à toa a energia gira circular. Faça um exercício de girar e sinta o movimento do vento. É mágico. “Coisa de doido” diz meu marido quando me ver nessa conexão, dançando e ouvindo o canto do vento. E respondo: Sou grata por ter nascido louca. E o som da minha gargalhada inunda o quintal e a leveza enlaça meu corpo.

E já que citamos movimento, abril foi fervoroso. Fazendo o zoom por tudo que passou dentro do mês percebo quanta vida nesse intervalo de tempo. Vou listar alguns acontecimentos que palpitam agora em minha memória coração:

Mãe viajou para ver vozinha. Meu irmão Paulo veio do Ceará para uma curta temporada e sua companhia alegre faz tão bem. Eu recebi minha adorável prima Ruthi em casa. Ah sua presença trouxe tanta ternura ao meu coração. Mistura de Pernambuco, Pará, São Paulo, Osasco, Cotia, cenários, cheiros, personagens, chegadas, saudades e partidas.

Fui ao Pronto Socorro, consulta, laboratório, sangue, exames, bactéria. Os imprevistos e os check-ups necessários. E até isso ensina que é preciso começar e seguir o passo a passo para definir e programar a solução.

Teve churrasco nas alturas e encontros no solo. Teve missa, domingo de Ramos, almoço de Páscoa. Café com gente amiga. Teve parque, teatro, bolo, trem, metrô, estações, prédios, livraria, ruas, avenidas, futebol, natação. Sorrisos e lágrimas. Livros, abraços e poesia. Alegrias e tristezas. Para lembrar que a presença da morte e vida está no cotidiano, em distintos contextos e com diferentes leituras.

Encerrando esse rascunho do mês, que apesar de nem chegar perto da intensidade de abril/2019, deixa rastro de sua grandeza, uma das minhas frases preferidas do Homem Aranha que tem sintonia com a minha teia enveredada de laços: “Se você guardar uma coisa tão complicada como o amor aqui dentro (no coração), vai ficar doente.” Peter Parker. E para finalizar, um trecho do melhor Spoilers de Vingadores Endgame, escrito por meu irmão Henrique:

“Sempre assisti filmes com meu filho. Outro dia, víamos uma foto sua ainda bebê segurando dois bonecos de super heróis. Sabemos que não estamos sozinhos no multiverso (ele sonha em viajar ao universo 616 e poder olhar para o alto em NY e ver o Homem-Aranha passando). Sabemos que a ficção é tão real quanto nossa própria vida e que o que se define fácil por realidade não nos é suficiente. Brincamos se não seríamos Odin e Thor levando uma vida mortal para aprender o que é ser humano. Super heróis é o que mais próximo temos de uma religião....
E então os Vingadores. Todos eles. Aqueles que haviam morrido voltavam um a um para enfrentar o inevitável. E ele finalmente, recompensado, sorriu, um sorriso que falhou, e seguiu um novo choro. Um choro diferente, aliviado.
Era de felicidade.
Para sempre vou lembrar do choro de felicidade do João, invariavelmente, e sentir felicidade junto. Eu mesmo chorei ali, feliz por e com ele. E vou sempre lembrar que o sorriso se banhou de lágrimas, exatamente no momento que mais se esticou, porque viu a volta daquele que mais o machucou ao morrer. O Homem-Aranha...
E espero que enquanto nossa mortal experiência neste universo durar, possamos continuar assistindo juntos à filmes e heróis.”

os personagens de abril. Muito amor nessa teia que entrelaça outras teias nessa trança de gente.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Viva ao mês de março

É um mês muito celebrado em minha vida. Nasci em março. Minha mãe, avó, tia, sobrinho, primos, primas e amigas. Quanta gente querida. Das águas piscianas e do fogo de Áries. Uma comunhão de elementos. Do fogo que ilumina e aquece. E das águas ora mansas, ora tempestuosas, que vão nos ensinando o aprendizado de cada estação. Renascer é uma dádiva para seguir navegando pelo oceano da vida.

Quanta vida março! Quando paro para registrar minhas gratidões mensais e reflito sobre os acontecimentos do mês, sinto tanto entusiasmo por me permitir relembrar e agradecer a presença das pessoas que enfeitaram meu cotidiano. Agradeço nesse momento por observar que cada passo é importante. Agradecer é uma formar de oração e eu rezo entregando meu louvor a Deus. Sinto uma fortaleza por não ter esmorecido diante do cansaço e das dificuldades. Elas sempre irão existir e ter determinação para ir vencendo cada batalha, por menor que seja, é uma maneira de ir aprimorando nossa resiliência diante dos desafios. Essa convicção se torna cada vez mais presente em meu cotidiano.

E cada dia, por mais que muitos denominem rotina, tem seu diferencial. Mesmo nos dias mais difíceis, parar por alguns minutos para agradecer os pequenos encantos do cotidiano, traz uma sensação de leveza incrível. Sentir é o que nos faz enxergar a graça da vida em ação. Nesse mês de março eu tive o privilégio de viver emoções que marcam nossa jornada. E celebramos a amizade na comemoração do meu aniversário em um encontro cheio de risada e ternura, num lugar que tanto apreciamos. E como não dá para pontuar nem ilustrar todas as gratidões, faço aqui minha seleção de alguns momentos especiais de março/2019. Sigamos celebrando o ciclo da vida. E vamos lá que o último fim de semana de março já sopra os bons ventos do outono.

amigas especiais no meu aniversário. Mais um encontro memorável. Viva a amizade
O primeiro jogo de futebol no estádio. Meu Arthur vibrou muito com seu time do coração
os irmãos brincando com as folhas e flores do outono, o carinho que enternece meus sentidos

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Fevereiro/2019, gratidão pela bênção da vida

O mês 01/2019 começou com a graça do florescer da vida. Nasceu minha neta. Minha filha tão longe, tão firme nesse momento único. Não tenho palavras que descrevam minha admiração, orgulho e alegria por sua força durante essa gestação, parto e com todo aprendizado que a cada dia a jornada maternal está lhe ensinando. Sempre digo que nossa proximidade é sagrada e pude sentir essa vibração ainda mais forte. É coisa de sentir, não tem como explicar. Renascemos, toda família, com essa bênção da menina que nasceu para semear o amor. Ela é filha, neta, bisneta e tataraneta. Ela é a luz de uma nova geração e nos sentimos agradecidos ao universo por sua vida. Peaches graciosa, nossa pequena estrela radiante, te AMAMOS!

O ciclo da vida é generoso. O hábito de agradecer até pelos pequenos detalhes do cotidiano como os passos pensantes que retomei, me faz enxergar cada vez mais a grandeza divina. Muito obrigada fevereiro/2019. Que venha março. O Sol já brilha em Peixes. Amém!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Sobre renovação do ciclo

Eu sou tão grata por este ciclo que em breve encerro. Morremos e renascemos várias vezes. Esse intervalo de 1 ano foi fundamental em minha jornada. As decepções ensinam e são bênçãos. Revelam um cenário que clareia as decisões e os filtros. E que seleção refinada! A transformação é permanente.

Amadurecer com escolhas conscientes é libertador. Das melhores coisas que ouvi nesse período:

“Eita que tu foi paciente demais, pra falar a verdade, trouxa mesmo. Engolindo sapo e relevando o que não pode ser tolerado para ajudar os outros. Parabéns pela coragem de mudar”.
Aprender a dizer NÃO e colocar ponto final em situações/relações tóxicas foi e continuará sendo essencial. Escolhi ser minha prioridade. E minha resposta são duas atitudes simples e eficaz: distância e silêncio.

Outra citação do período, veio do meu marido: “Você anda mais Joãozinho que Maria de Fátima ultimamente.”

Dependendo do contexto pode até ser. É que tem coisa que azeda e ponto final. Sem jeito de adoçar de novo.

Estou pronta para renovação, para ingressar no meu novo ano astrológico e com minha intuição mais aflorada. Seja bem-vindo Sol em Peixes!
Pintura do meu banheiro. Realizada com primor por Rosana Grimaldi.
Para conhecer mais seu trabalho ligue (11)96564-48268.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O livro, o Leminski, os laços poéticos

No final do ano eu fiquei 2 semanas em casa. E consegui fazer algumas arrumações. Uma delas foi ajeitar algumas coisas da Bruna, minha primogênita que mora longe. Já teve muitas, agora só algumas coisas delas continuam guardadas. O guarda roupa foi esvaziando aos poucos e cada vez que vou separando e doando é um misto de saudade, despedida e desapego, tudo misturado. Dessa vez encontrei uma preciosidade, um livro de poesia, minha primeira leitura de 2019. Sim, os livros ficam, são tesouros. Dentro do livro encontrei um artigo de Eliane Brum, uma carta de despedida de um hóspede do Okupe Hostel e um folheto de marmitex, marcando três páginas.

Eu não tenho palavras para descrever a sintonia dessas marcações. Leminski é sensacional, sua poesia ímpar, as vezes ácida, outras tão ternas, traça um caminho que percorre nossa alma com tanta profundidade que ganha ecos e conexões cada vez que leio e releio. O livro já é tão íntimo e está em minha cabeceira e no meu coração impregnando meus sentidos. Um presente que tenho que ir devolver ao Okupe já que a carta cita o nome da minha filha Bruna e outras profissionais do Staff. O livro merece ficar no acervo do Hostel, a disposição dos hóspedes para propiciar outras leituras e conexões poéticas dessa obra tão intensa e atemporal que Paulo Leminski nos deixou como legado. Salve a poesia!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Gratidão janeiro/2019

O verão de janeiro foi fervente. Os encontros foram quentes e alegres. E consegui realizar as principais metas definidas do mês. A sensação de gratidão é contínua já que tudo tem conexões e a sequência do que foi plantado está sendo cultivado com muito fervor. Em janeiro tivemos aniversariantes especiais e peço a Deus que abençoe os passos deste novo ciclo. Foi também o último mês da gravidez da minha filha Bruna completando uma fase repleta de aprendizados. Muito obrigada janeiro/2019 por todas as conquistas. Que mês iluminado!

Seguimos com o verão e cada fase é relevante pelo que aprendemos com a que passou e pelo entusiasmo do momento presente para construirmos o amanhã. A vida é cíclica por natureza e a renovação é permanente.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Viva a aurora

O despertador toca. Eu desço as escadas e vou até a cozinha. Abro a janela, Tomo meu remédio e saio para o quintal. Contemplo o céu estrelado do fim da madrugada e agradeço pelo despertar mágico. Vou até a sala e abro a janela e fico encantada com a Lua Cheia, enigmática na sua majestade. Fico ali na janela dialogando com meus sentidos. Volto para cozinha para fazer o café e o cheiro tão amado inunda a casa. E celebro com alegria a alquimia desses momentos simples do cotidiano. E da janela o cheiro da manhã que clareia encontra o do café, meu sorriso aflora. Viva a aurora!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

sobre horário, atendimento e disciplina

Já recebi xingamentos por não ter atendido o telefonema do cliente em um horário que não é o de atendimento definido e informado em nossos canais. Já também ouvi comentários irônicos sobre “erro” ou “privilégio” em fechar o estabelecimento às 17:00. Isso ouvi ao retornar à ligação que apareceu nas chamadas perdidas no dia seguinte. Da mesma forma vou respondendo as mensagens enviadas pelo WhatsApp no horário comercial da empresa que é das 8:00 às 17:00. Os xingamentos e mensagens inadequadas, para dizer o mínimo, também são enviadas por mensagem, algumas seguidas de muitas interrogações.

Eu compreendo a urgência de alguns clientes, no entanto, espero que tenham respeito e compreensão pelo horário de funcionamento da empresa. Nossa estrutura de atendimento é projetada para este horário. Temos compromisso com nossa agenda familiar e esse é o principal motivo para o fechamento da empresa às 17:00. O período do descanso é prioridade para o bom desempenho das atividades. Qualidade combina com eficiência e a disciplina com o horário escolhido é fundamental para que que essas duas características estejam conciliadas com o trabalho que executamos.

Apesar do aborrecimento inicial esses acontecimentos desagradáveis que aconteceram em 2018 serviram como lição para aprimorar minha capacidade de respirar profundamente, agradecer o contato e desejar boa sorte como resposta. Aos xingamentos, alguns deles bem ofensivos, respondi simples e objetiva. Renderia até processo. Uma das pessoas incluídas nesse histórico, tempos depois enviou mensagem pedindo desculpas, justificando que estava “estressado ao escrever tudo aquilo”. Eu agradeci sua mensagem de desculpas, foi a única.

Para 2019 a determinação segue contínua, ter disciplina com o horário estabelecido e seguir filtrando e valorizando as relações saudáveis que fazem diferença turbo em nossa jornada.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Sobre férias, seleção, conexões reais

No final de 2018 comprei uma nova bolsa, a antiga estava rasgada na alça. Sim só tenho uma por vez. Menor que a anterior, o objetivo é diminuir o que vai dentro e fiz uma bela limpeza nas papeladas. Na nova, que como definido na prioridade cabe o livro e o caderninho, tem o toque da leveza e simplicidade. E vai acompanhar meus passos em 2019. Paguei 35,00 e doei a antiga, que se compensar, segundo minha mãe, irá consertar e enviar na próxima caixa de doações para o sertão. Sim é uma bolsa com boa divisão e paguei 95,00 no fim de 2017. Já diminui 60,00 na compra da nova.

A bolsa aqui é um símbolo sutil, pode representar a necessidade de substituir o que está danificado por um novo; pode também indicar o quanto pequenas mudanças geram resultados importantes, no caso diminuir o tamanho e valor mantendo o essência do que é relevante, no meu caso, caber o livro e caderno; sugerir que ainda podemos dar um novo uso quando o item compensa ser consertado para ser útil para outra pessoa. Nessas duas semanas de férias fiz pequenas limpezas nos armários e essa triagem externa tem uma sintonia incrível com o que palpita em meu coração. Seguindo na filosofia menos é mais em distintos sentidos.

Esse post é também uma despedida do Facebook, anda muito poluído e refinar as conexões é determinação contínua. Ainda não será desativado porque necessito salvar algumas imagens. Para quem tem meu WhatsApp aquele número é apenas comercial, já tenho outro chip, qualquer dia desses compro um novo celular e passo o contato. Não tenho prazo. Estarei no meu e-mail, Instagram, LinkedIn e Blogs. Quem realmente me conhece sabe onde me encontrar. Viva as conexões reais em 2019.
Crédito imagem: Um Cartão. Pedro Henrique. Sentimentos Cotidianos

Notas 01/2024

Muitos dizem que janeiro foi longo. Eu digo que foi ligeiro. Eita quanta vida em 31 dias. Já até virou capítulo de 2024. Foram tantas emoçõe...