No Planeta relógio tudo está parado no tempo, os personagens e as coisas foram paralisados em um determinado momento de suas atividades. O Pequeno Príncipe sente a presença da cobra e suas sombras de ideias negativas no conflito do cenário. É preciso força e coragem para enfrentar o desafio de acionar os relógios para voltar a funcionar. Pensei em quantas vezes nos permitimos paralisar pelo medo e suas camadas? E assim estacionamos nosso tempo na perigosa zona de conforto direcionada por padrões negativos e repetitivos.
Sua missão começa em uma pequena aldeia e o relógio volta ao ritmo de segundos, minutos, horas, dias, noites. As sombras enviadas pela cobra surgem com o intuito de não permitir que o Pequeno Príncipe altere a paisagem, mas, com determinação ele vence o desafio. Uma festa para comemorar, mas, é preciso seguir adiante. Há outras aldeias e o núcleo central, a torre do Grande relógio do Relojoeiro que orquestra os relógios de todo Planeta para alcançar. É lá que está o centro de tudo.
A estrada não é fácil. É preciso escalar montanhas, enfrentar o cansaço e as artimanhas da cobra. Juntos, o Pequeno Príncipe, a Raposa e um morador da primeira aldeia, um personagem importante apaixonado por relógios que adora ser herói. Interessante o diálogo dos três com suas diferenças e aceitações. Em dado momento as sombras levam a Raposa e o aldeão. O Pequeno Príncipe fica só, mas a força da amizade e sua busca por solução motiva seus passos e ele segue rumo a Torre.
A cobra e as sombras estão lá. O som de uma criança brincando, muitos relógios e muito a fazer. É preciso compreender o que aconteceu para encontrar a melhor solução que, muitas vezes, é mais simples do que pensamos. O Relojoeiro estava cansado e a cobra agiu no tempo de seu cansaço. E assim o relógio voltou no seu tempo de criança. O aldeão concertava as engrenagens dos muitos relógios aplicando todas as suas habilidades com a ajuda da Raposa. O Pequeno Príncipe conversava com o Relojoeiro enquanto ele brincava com o relógio principal, a chave que conecta o equilíbrio de todos os relógios. Enfrentando as armadilhas da cobra ele insistia com a criança que na sua essência estava a sabedoria para montar o relógio e que brincando ele era capaz de realizar esse feito. Sim, e divertindo-se ele conseguiu e tudo voltou a funcionar com harmonia no planeta do Relógio.
No alto da Torre, o Relojoeiro e o Pequeno Príncipe conversavam. O velho Relojoeiro contou ao Pequeno Príncipe que estava cansado e ele respondeu que era tempo de descansar e passar adiante a função para outra pessoa: “Ninguém é insubstituível” disse o Pequeno Príncipe. E então eles observaram o aldeão descrevendo a Raposa detalhes incríveis de um determinado relógio. Sim, é preciso aprender a desapegar-se e passar adiante o conhecimento no tempo oportuno. Há tempo para tudo e há sempre um novo caminho a trilhar. E, no caso do Pequeno Príncipe, um novo planeta a visitar. A viagem continua pelo universo de aprendizado. Há muitas histórias e personagens para conhecer. E há uma bela Rosa aguardando seu retorno.
O tempo e as soluções! Obrigada grandioso Pequeno Príncipe por me fazer enxergar nessa aventura tantas lições no exato momento que preciso clarear minhas escolhas. Conexão com o relógio do meu tempo. Realmente: “só se vê bem com o coração"

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