terça-feira, 27 de agosto de 2019

Livro, companhia, café, combinação

No ponto com o livro na mão. De vez em quando eu tirava o olhar da página para ver se o ônibus estava chegando. Já me avisaram que tem um App que avisa a rota do bus e imagino que ele seja útil. Umas 8 pessoas no ponto, concentrada nas telas. Depois de 10 minutos o ônibus chegou, tinha o meu lugar preferido para sentar, o banco alto. Conclui o capítulo, fechei o livro no meu colo e fiquei contemplando pela janela o movimento da rua. Um vai e vem rápido, um grupo de alunos rindo muito, com suas mochilas nas costas e celulares nas mãos, uma senhora com passos lentos...Nesse tempo de contemplação perdi o ponto, desci no outro. Tudo bem, hoje estou sem pressa. Fiquei pensando se em tempos tão virtuais alguém ainda lê no ônibus, contempla a paisagem e joga conversa fora. Desço e retorno pela rua que não precisava ter percorrido se tivesse decido no ponto certo, segurando o livro na mão e sentindo o vento frio do inverno. Resolvi parar para tomar um café, com leite, daqueles com espuma. E enquanto saboreio minha bebida favorita, leio mais um capítulo. Que delícia de companhia e combinação.
Livro companhia da tarde invernal. Excelente novela!

Onde e como ficam gravadas nossas impressões? Como é o retrato do lar nossa casa? Quanto aprendizado e descobertas uma viagem pode representar? Como a despedida e o recomeço são entrelaçados? Quantas encruzilhadas nos reserva o caminho? De que forma tecemos nossa telepatia? No meu caso, os sentidos são a teia. Talvez seja porque desde cedo eu aprendi que sentir faz toda diferença. A telepatia são os outros, livro de Ana Rusche, tema da 4ª edição do Leia Mulheres Osasco, proporcionou uma partilha de percepções tão sensoriais. Incrível como um livro é capaz de aflorar nossas memórias e tecer laços. Gratidão pela presença da autora e de todos, registrando mais um especial encontro do projeto. Até a próxima edição. #leiamulheresosasco

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A metamorfose do sentir e sentidos

Engraçado como me dei conta do quanto evolui em determinado quesito ao ouvir recentemente a frase de uma amiga: “Adoro a sua frase: -quando azeda, não tem mel que adoce-. É um marco de sua transformação.” E as gargalhadas ecoaram. O diálogo enveredou por páginas de livros, pela ótica da psicologia que encontro também na poesia e que são capazes de tecer costuras com situações do nosso cotidiano.

Saber que minha frase também teve impacto reflexivo para outra pessoa, especialmente sobre a relevância da escolha do SIM e NÃO, com coerência com aquilo faz diferença em sua vida, foi um presente dessa conversa que segue ressoando. Pode até ser a idade, ou a maturidade avançando, o certo é que ando mesmo dando um basta em tudo aquilo que me abusa. A seleção refinada anda cada vez mais refinando os laços.

Ao me afastar de tudo que desgasta vejo florescer novos horizontes. Realmente a fluidez é mágica quando nos damos conta de que o impulso para a mudança está palpitando dentro de nós. É por isso, que se você realmente for próxima e me ver meio sumida, não se assuste, estou em plena metamorfose. Agora se for daquelas de proximidade REAL, chega mais na presença ao vivo e a cores que tem muitas risadas para tecermos juntas. Está em meu DNA a arte de compartilhar o que sinto com quem faz sentido!
A simbologia da metamorfose: Borboleta. Crédito da imagem: Pinterest

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Gratidão pela fertilidade invernal de julho

Ah longo julho, abençoado mês do nascimento da minha menina das águas. Gratidão por sua passagem. Ela que é um presente em nossas vidas, dedicamos todo amor, do tamanho do oceano. A grandeza da sua sensibilidade é um laboratório aprendiz dos meus dias e eu me sinto tão abençoada por ser sua mãe. Preciosa Isa, da Lua Cheia.

E cada fase lunar foi intensa. Julho das surpresas que explodem no inverno de outro tempo. Sim, a transformação acontece no seio desse cotidiano moldando o tempo de cada um e de cada coisa. Os retratos que se apresentam de tantas formas: sutis, escancaradas, doidos, fortes, suaves ... O vento cortante vindo da friagem do Sul avança e me fez procurar o calor da sopa, do abraço, do cobertor do silêncio e daquilo que sentimos no olhar que tanto diz.

Das leituras com as crianças, o destaque foram: Sinto o que Sinto. E a incrível História de Astar e Jaser, Caderno sem Rimas de Maria e os quadrinhos da Turma da Mônica. Os livros, meus companheiros de cabeceira, meus amigos de todos os dias. Um corpo negro de Lubi Prates, Bruxisma de Pilar Bu e dessas indicações preciosas que chegou dia 30/07 e estou lendo com todos os poros: Redemoinho em dia quente de Jarid Arraes. Há uma teia literária de uma leitura que desperta outras. E a sequência tem um quê de magia.

Um corpo negro tocou profundamente minhas cicatrizes. Foi o livro tema do Leia Mulheres de julho. Ontem tivemos o especial encontro com a presença da escritora. Partilhar aquilo que sentimos, nossas vivências e aprendizados, nessa comunhão da leitura compartilhada, foi e seguirá sendo enriquecedor. A poesia tem esse poder de nos rasgar e remendar e criar laços diferenciais, daqueles que marcam.

As mensagens aflorando das linguagens que enxergamos pela ótica dos sentidos. Memórias do mês que virou capítulo de 2019. Elas seguirão ressoando e fortalecendo as conexões. Tem Lua Nova iniciando agosto. Viva!

Notas 01/2024

Muitos dizem que janeiro foi longo. Eu digo que foi ligeiro. Eita quanta vida em 31 dias. Já até virou capítulo de 2024. Foram tantas emoçõe...