Eu enxergo a diversidade como uma grande riqueza e, infelizmente, observo no cotidiano as pessoas enxergarem com a lente do inferior ou superior. Ao invés de semear a igualdade e o respeito, multiplicam a desigualdade e a discórdia. Seja lá de onde for, carregamos consigo nossas raízes que são ampliadas quanto agregamos o diálogo e o intercâmbio com outras culturas. Sinto muito pesar quando ouço dizerem de modo pejorativo que mineiro é isso, pernambucano é aquilo, carioca é assim, o cearense é assado. E fico extremamente alegre quanto ouço de uma forma oposta, ressaltando a beleza do traço de cada lugar, relevando que o diferencial é uma preciosidade.
Esses dias eu atendi um cliente que depois de ouvir a resposta sobre sua consulta indagou: onde fica a Marcos Turbo? Respondi: em Osasco, São Paulo. E ele prosseguiu: Só que você não é paulista não! Respondi: não, sou pernambucana. O cliente respondeu: logo vi que era do Nordeste, com esse sotaque e alegria na fala, dá até pra sentir seu sorriso. O sorriso se tornou gargalhada agradecida. E o cliente finalizou agradecendo as informações e depois retornou para fechar o pedido. Sim, tem pessoas com outra visão. Ele sinalizou um dos traços do povo nordestino que aprecio muito, a alegria. Claro que já passei por situações contrárias, só que esse atendimento acendeu minha esperança de que cada vez mais pessoas valorizem o respeito à diversidade ao invés de enaltecer o preconceito.
A história é recheada de acontecimentos que evidenciam o quanto o preconceito destrói vidas e corrói as relações. Fica a esperança de que a natureza de que “somos todos um” possam conectar mais e mais corações e fazer com que as pessoas sejam agentes transformadores de um mundo melhor que priorize o respeito porque o diferente está na essência da vida.

Crédito imagem: Facebook Hierophant