A coluna Check-up, do Jornal Correio Paulista, assinada por Antonio Júlio Baltazar, sempre aborda trechos da história da cidade. Em uma delas, Baltazar apresentou um interessante tema que merece reflexão. No início de sua coluna ele escreveu:
"A grande cidade de Osasco, à medida que o tempo vai passando, sua memória e sua história ficam cada vez mais nebulosas. Necessário se torna, que urgentes medidas sejam tomadas para atenuar este grave problema. Outro dia, um jovem foi até a emissora que trabalho, para perguntar-me se era VERDADE que o primeiro vôo da América do Sul deu-se realmente em Osasco? E, quis saber mais! Porquê Osasco foi palco deste fato tão relevante?"
Sem dúvida, esse acontecimento é um marco na cidade de Osasco e, lamentavelmente, muitos moradores desconhecem esse fato histórico. Há cerca de dois anos atrás, pesquisando a história do município descobri essa incrível façanha desse engenheiro francês que morou na cidade no início do século XX. Fascinado pelo feito de Alberto Santos Dumont, Demetric produziu, com a ajuda dos funcionários da antiga cerâmica Hervy instalada na outrora Vila Osasco, um aeroplano que recebeu o nome de São Paulo e que alçou vôo às margens do Rio Tietê. Na data do vôo, muitos jornalistas e pessoas dos arredores acompanharam a realização desse feito que foi notícia em todos os jornais da época na capital.
Em 2006, comemoramos o centenário do 14 BIS e várias matérias foram veiculadas ns diferentes mídias e uma série de eventos foram programados para homenagear essa data. A importância do vôo do brasileiro Dumont para a história da humanidade merece realmente muitas homenagens. Uma delas foi feita pela Escola de Samba Unidos do Peruche que teve no enredo do carnaval 2006 esse tema. Quando fui informada do enredo, em uma animada conversa com o carnavalesco Paulo Fuhro, no mesmo instante lembrei do vôo de Osasco e comentei com o mesmo. Ele ficou surpreso e muito interessado em conhecer essa história. Claro que fiz o convite para ele visitasse a cidade para saber mais sobre o primeiro vôo da América do Sul.
Ele aceitou meu convite e tive o prazer de levá-lo no Museu do município que abriga no seu acervo registros desse acontecimento, um deles, é uma réplica do aeroplano logo na entrada do Museu. Completando o passeio, fomos até a Biblioteca Municipal para pesquisar o material existente sobre a história da cidade e, claro, ficamos felizes em encontrar matérias dos jornais da época, desenho do aeroplano e outras informações que destacam a importância da experiência empreendida por esse francês que marcou seu nome na história de Osasco.
Concordo com o Baltazar quando ele escreve que é preciso criar ações urgentes para "atenuar este grave problema". Existe uma carência enorme nesse sentido aqui no município e, por essa razão, faz-se necessário aproximar essa rica história da população. Afinal, além do feito do primeiro vôo da América do Sul, Osasco tem outras histórias para contar.
A arte de relacionar-se é um desafio e uma bênção que me permite aprender e ensinar com os personagens que fazem parte dos capítulos de minha história. E ainda há muito para escrever ...para trocar experiências com os irmãos que habitam o cenário de minha existência...afinal... cada amanhacer é uma dádiva...todo crespúsculo é uma passagem...e a noite as sombras nos faz enxergar a luz do ciclo que se completa e se renova dia a dia.
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