Concentrar proximidade casa, trabalho e escola das crianças é um privilégio. Com esse objetivo fiz uma mudança da casa para o apartamento. Menos é mais em muitos aspectos. Vice e versa também. Toda mudança dá trabalho. Até conseguir instalar cada coisa em seu canto leva tempo. Dias, semanas, meses. Tenho a impressão que sempre estaremos mudando alguma coisa em casa, para deixá-la assim com nosso jeito. Conheço pessoas que tem horror a mudança. De fato, estamos tão acostumados com cada coisa em seu lugar que quando temos que mudar de casa parece que ingressamos no caos. Eu exercito paciência em cada mudança, meu marido amplia o estresse. Outro fator positivo em mudar é o desapego. É hora de se livrar de tudo que não usamos e que guardado por algum motivo. Faz 1 semana que estou no meu novo canto e ainda tenho muito pra ajeitar. O caos é uma oportunidade para avançar.
Tudo tem seus prós e contras, é claro. A dualidade é constante em nossa jornada. Da casa que não curtia muito por falta de tempo, confesso que não sinto muita falta. A não ser do jardim, mas logo vou preparar um vertical que vai colorir minha sacada. Ainda tenho que buscar um vaso do jardim com uma planta que estimo. Ela vai ficar linda em um canto da minha nova sala, claro que vou ter que trocar um vaso por outro mais leve e com outra cor. Detalhes.
E por falar em casa, ai que alívio que tenho de não ter mais banheira. Dos quase 3 anos que morei lá, nunca usei. E que trabalho deixar ela branquinha. Tudo bem, banheira é relaxante e conheço pessoas que são loucas pra ter. Entre ter e utilizar há um espaço enorme. Quando eu for para algum hotel ou trocando o h por m, eu uso sem ter crianças indo me fazer companhia no banheiro. Sim, ouvi dizer que minhas crianças irão sentir tanta falta de ter quintal, pode até ser. Se bem que já estão adorando o parquinho do prédio onde tem criança pra compartilhar a brincadeira. E a alegria da Isa ao descobrir que sua amiga Joyce que já está em outra escola, mora no mesmo condomínio. Os abraços, o dia inteiro brincando juntas. Bom, ela ainda nem citou o quintal. Criança é mestre em nos ensinar como lidar com o novo e na adaptação de mudanças. E para finalizar o item quintal, lembrei agora de uma diarista que foi lá em casa e disse: “Ah dona Ivone, porque a senhora não muda pra um apartamento e se livra desse quintal”. Como diarista boa está cada dia mais raro, é uma disputa encontrar, é muito mais prático ter como você limpar e manter a organização.
Meu marido sente falta da área da churrasqueira da casa. Se bem que limpar depois da farra, sempre dava uma preguiça danada e eu precisa fica falando e falando até ele cansar e ir logo limpar de vez, isso quando eu não ficava P e eu mesma ia limpar. Para aliviar, temos no prédio um excelente salão de festa com churrasqueira, é só agendar. Fazer churras todo final de semana também cansa. E uma pizza em casa com amigos mais próximos também rende ótimas risadas e suja bem menos. E no apartamento já tem churrasqueira elétrica que faz um grelhado maravilhoso. Tudo fácil e funcional.
Observei que no apartamento, tudo térreo, fica todo mundo mais perto. Na casa, sobe as escadas e cada um no seu canto cria um distanciamento. Fica parte no andar superior e outra no inferior. Fragmenta. E meus joelhos não gostam muito de escada. Agora tudo no mesmo plano, aproxima. O visual também mudou, o verde deu lugar às luzes cintilantes da noite na cidade e no amanhecer vejo o nascer do sol do alto. E, claro, com muito mais disposição quando lembro que não vou pegar trânsito. Ah o outono e seus bons ventos. Nova experiência. Salve a proximidade!
A arte de relacionar-se é um desafio e uma bênção que me permite aprender e ensinar com os personagens que fazem parte dos capítulos de minha história. E ainda há muito para escrever ...para trocar experiências com os irmãos que habitam o cenário de minha existência...afinal... cada amanhacer é uma dádiva...todo crespúsculo é uma passagem...e a noite as sombras nos faz enxergar a luz do ciclo que se completa e se renova dia a dia.
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