Já escrevi outras vezes sobre o preconceito que eu sinto na pele no meu setor de atuação. Infelizmente é uma prática recorrente que nós mulheres sofremos em diversos segmentos do mercado de trabalho, sem contar em tantas outras ocasiões do cotidiano que escancara a forma preconceituosa que vai se perpetuando na sociedade. O índice de violência contra a mulher é um dos desses tristes retratos.
Perdi as contas de algumas frases machistas que ouvi. Esses dias no trânsito
ouvi um homem gritar a plenos pulmões com uma mulher dirigindo: “vai pro fogão
que seu lugar é lá e não atrapalhando o trânsito.” Além de embrulhar meu
estômago a fala nociva faz pipocar a lembrança de outras que eu já escutei, das
quais vou citar apenas algumas para elencar o abuso que sofremos todos os dias:
“Nossa seu marido
não liga que você sai e viaja sozinha?” Com olhos arregalados do tipo que diz
assim: nossa que doida!
“Até que você entende!” Com desdém.
“Você que escreveu esse texto?” Com ar duvidoso da minha capacidade!
“Uau você gosta de futebol e vai ao estádio?” Com espanto e crítica.
“olha a roupa dela que
insinuante, depois não quer ser estrupada.” Nem vou comentar o tom dessa frase
“tem coragem de amamentar na rua!” Sim eu amamentei minhas duas filhas e meu filho e nunca tive a mínima vergonha de fazê-lo em público.
Vou parar de citar antes que eu vomite. Ah e eu ouvi isso de mulheres e não apenas de homens. Cada frase dessa tem enredos que uma hora vou escrever em detalhes.
E para ilustrar esse post, a magnífica capa da Forbes com a inspiradora Djamila Ribeiro. Leia Djamila, leia tantas outras mulheres fantásticas! Parabéns todas as Mulheres nesse dia 08/03/2021. Dia que homenageia nossas conquistas e reforça todos os desafios que enfrentamos, todos os dias.
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