quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O livro, o Leminski, os laços poéticos

No final do ano eu fiquei 2 semanas em casa. E consegui fazer algumas arrumações. Uma delas foi ajeitar algumas coisas da Bruna, minha primogênita que mora longe. Já teve muitas, agora só algumas coisas delas continuam guardadas. O guarda roupa foi esvaziando aos poucos e cada vez que vou separando e doando é um misto de saudade, despedida e desapego, tudo misturado. Dessa vez encontrei uma preciosidade, um livro de poesia, minha primeira leitura de 2019. Sim, os livros ficam, são tesouros. Dentro do livro encontrei um artigo de Eliane Brum, uma carta de despedida de um hóspede do Okupe Hostel e um folheto de marmitex, marcando três páginas.

Eu não tenho palavras para descrever a sintonia dessas marcações. Leminski é sensacional, sua poesia ímpar, as vezes ácida, outras tão ternas, traça um caminho que percorre nossa alma com tanta profundidade que ganha ecos e conexões cada vez que leio e releio. O livro já é tão íntimo e está em minha cabeceira e no meu coração impregnando meus sentidos. Um presente que tenho que ir devolver ao Okupe já que a carta cita o nome da minha filha Bruna e outras profissionais do Staff. O livro merece ficar no acervo do Hostel, a disposição dos hóspedes para propiciar outras leituras e conexões poéticas dessa obra tão intensa e atemporal que Paulo Leminski nos deixou como legado. Salve a poesia!

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