terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Sobre dores, escolhas e levezas

Cada um sabe das suas dores e aperreios. Depois de muito tempo, procuro olhar cada situação com uma visão aprendiz. Não é fácil, nem sempre consigo, sigo tentando, é um processo persistente. Há dias que esmorecemos. Em outros renovamos as forças no clarear do amanhã. Até nesse ponto hoje me sinto mais madura, antes eu me crucificava quando eu não conseguia abarcar tudo. Hoje não, eu aceito que nem todos os dias eu vou conseguir cumprir todas as tarefas do cotidiano. Passei a me acolher também, respeitar meu limite para viver cada dia com mais leveza. Até voltei a caminhar. Um exercício de Amor. Sim e ando tão seletiva ou, como diz meu marido, cada dia mais chata. Segundo ele é a menopausa. Ou o amadurecimento. Ou a soma dos dois, o certo é que os cabelos brancos pipocam. Como diz meu irmão: “relaxa Maria Ivone”. Eu respiro e sorrio ouvindo sua voz que vem na brisa pensamento trazida pelo mar da saudade. Não estou nem no seu rastro de leveza meu irmão, mas prometo que estou melhorando.  Assim evito outra úlcera e coisas do tipo que corrói os órgãos e a alma. Fazia tempo que eu não escrevi e voltei também a rabiscar. Antes que a quarentena acabe meu caderno estará cheio de cartas.



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