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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Notas primaveris

Florescer
A primavera chegou, as amoras estão no fim, novas folhas nasceram nas plantas, brilham frutos vermelhos na folhagem do quintal, as tempestades ainda avançam e eu espero o ciclo da mansidão. O bálsamo das orações aquieta o turbilhão, as novenas de vozinha, o Terço em honra a Nossa Senhora na intenção da matriarca avó que tanto rezou e segue rezando por nós, ainda que debilitada na fraqueza da idade, sua fortaleza de espírito nos inspira. Hoje ela levantou para sentir o cheiro da chuva, a primeira depois de 7 meses, que chegou ontem a tarde, anunciando a Lua Cheia e banhou o telhado e o solo na madrugada sertaneja. De longe, senti a terra sorrindo com o milagre das águas. Há de florescer um novo tempo.

Ligeiro
Os ponteiros do relógio correm na velocidade turbo. Os dias chegam a galope, semanas, meses... me deparei assustada com os panetones nas prateleiras dos supermecados. As ofertas do Dia das crianças se foi, nas lojas o terror enfeitado para o Halloween e encantadoras decorações de natal. Logo as luzes natalinas brilharão pela cidade. Estamos nós acelerados ou o ritmo temporal deu uma enlouquecida? É um chamado para viver com mais atenção a dádiva de cada dia? Quantos escutaram os sinais? Quantos nem sequer notaram no doido piloto automático do cotidiano.

O clima
Há tantas variáveis na passagem do tempo e isso vai muito além das condições climáticas. Uma hora de ventos e chuva intensa é capaz de causar muita destruição. A força da ventania chuvosa encontrando a estrutura desastrosa em grande parte dos ambientes das cidades. As tragédias e transtornos ganham as manchetes dos jornais, prejuízos de bilhões. Poderíamos aproveitar o ibope delas para refletir melhor sobre a importância de votar com consciência. Os impactos desfavoráveis da falta de gestão política afetam com maior força a parcela da população mais vulnerável. Nossa escolha influencia o presente e o futuro.

Ida, volta...chegada...partida
Comprar passagem de última hora por necessidade emergencial nos dá a dimensão do absurdo do valor das tarifas aéreas. Não tem como equacionar o valor da presença de mãe e minha tia na companhia da minha Vozinha nesse momento de sua fragilidade. No entanto, não há como não se indignar com o preço abusivo. É de lascar. Para suavizar viremos a página. Ouvir a voz das três filhas juntas, as notícias dos cuidados, o afeto do lar sertão, a serenidade e integridade do Tio Neto...nesse momento mãe já retorna trazendo na bagagem chás e memórias atemporais. Somos estradas de saudades...

Voz e escuta
Gravamos o primeiro episódio da primavera do podcast Conecta Analice. É incrível conhecer as histórias e memórias da avenida nessa hora de diálogo. Dar voz aos personagens da avenida dos meus passos é uma das propostas do projeto que idealizei e estou conduzindo junto com meu irmão. Cada visita e gravação rende muito aprendizado. Temos o Blog, Instagram e os canais do Youtube e Spotify. @conectaanalice

Os sonhos
“Falou com seu irmão? Tive um sonho ruim.’ Diz mãe ao telefone. A mensagem do sertão atravessa o país e chega ao mar de Paraty. A resposta tem riso: “estou bem vivo diz a Mãe e avisa Vozinha que mês que vem chego lá para pedir bênção.” Como diz tio Neto: Reaja que os 100 anos está acenando na janela Vozinha. Sonhar diz muito. Freud e a psicanálise dão muitas pistas. Ontem mesmo tive um muito especial. Num campo com atmosfera mágica, luminosidade abraçando o cenário, margaridas sorrindo, meus netos Peaches e Damian e minha primogênita de mãos dadas, passos e olhares alinhados, Bruna exalando sua divina beleza com seu vestido branco e manto azul. Eu acordei com essa imagem e rezei uma Ave Maria.
Bora seguir sonhando...andando...voando e construindo verbos ações

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Caldeirão invernal

Aflição que queima
A primeira quinzena de setembro já foi. Ouço de muitas vozes com diferentes tons: o tempo está louco. Entre segunda e sexta voando, o final de semana num piscar. Com palavras diferentes, de falas também, que sinalizam um contexto similar. O tempo está mais ligeiro? Caminhamos em direção ao fim? O nosso como espécie que está, infelizmente, impactando outras tantas, nesse planeta ainda vivo, mesmo diante de tantas sequelas. Aqui no Sul global brasileiro ardemos em queimadas que ferem os biomas, sangra nossos narizes, adoece nosso sistema respiratório e outros emaranhados do corpo. O ar denso de poluentes, a mente cansada, o céu desapareceu, o corpo rastejando nas selvas das cidades, alguns orando pelas chuvas e tantas outras necessidades. Tempo de aflição. Fecho os olhos, ouço a voz de Vozinha: não esmoreça.


Quebras e renovações
Chegou a hora de livrar-me da banheira, que pela minha vaga lembrança, usei umas 2 vezes nos 13 anos que habito essa casa. A Isa e Arthur, usaram bastante nos banhos brincadeiras que já ficaram na memória. Ela permanecia lá e resolveu vazar. A água caça caminhos por entre as paredes e tetos e vai infiltrando. Não teve jeito e ela já está lá, quebrada na caçamba de entulho. Que libertação! Sim, aquilo que não usamos fica impregnado de energia parada. Uma pequena obra traz transtornos, mas é preciso coragem para resolver questões urgentes. Sem porta, sem piso, sem parte do azulejo, sem os utensílios de uso cotidiano, olho para o cenário desolador cheio de pó e penso nas dores que todo processo de renovação causa.

Riso que cura
Tenho acompanhado mãe em consultas e exames por São Paulo, a capital vizinha de Osasco que ela e muitos desconhecem. Apesar de andar muito por lá, a imensidão da cidade é tamanha, que muitas vidas eu precisaria para me dedicar a tarefa de desbravar os múltiplos lugares dessa Sampa, que sim eu Amo. No dia 11/09 eu e mãe fomos para Mooca. Estação Osasco, trem até Barra Funda e depois metrô. Chegamos ao hospital, tomamos um café próximo ao elevador. Tenho gosto por chegar adiantada em compromissos. Enquanto aguardávamos nosso café com pão de queijo, duas cenas tocantes. Uma mãe e uma filha, caminhavam abraçadas, ambas num amparo, na face de uma delas lágrimas quentes escorriam e eu senti a dor rasgar meu coração. Fiz minha prece silenciosa. Já degustando meu café com leite, vejo uma garota vindo do centro de especialidades, sem o lenço, sem cabelos e com uma aura que iluminou o ambiente. Nova prece. Seguimos para aguardar a consulta. Depois de um atraso de 3 horas, fomos atendidas na sala 11, para onde retornaremos em breve. Mãe encanta o médico com seu jeito ímpar. Nossa caminhada segue e que o riso continue sendo nosso aliado na cura. Amém!


Novo capítulo
Para um novo caminho, em outra especialidade. Dessa vez na Zona Sul, descemos, Isa e eu, no metrô Santa Cruz. No prédio da consulta, o som das águas nos recepcionando, um aroma delicioso suavizando os ambientes, um bálsamo diante da secura lá fora. A médica excepcional, dessas conexões valiosas que a vida nos presenteou. De lá saímos com a certeza de que a melhor das possibilidades será estudada e realizada no tempo oportuno. Já na rua, observamos o prédio conservado de uma unidade do Corpo de Bombeiros, entramos na centenária igreja Nossa Senhora da Saúde e fomos arrebatadas com tantos retratos da beleza da arte sacra que tocam nossa fé. Antes de pegar o metrô de volta, uma pausa para o lanche, teve o chocolate preferido dela e abastecidas retornamos. Santa Cruz, República, Butantã, ônibus e casa.


Inspiração que salva
Na sexta 13 o dia foi da Bienal. A festa dos livros, corredores cheios, estudantes, professores, amantes dos livros, lançamentos, autores, personagens e um mundo de saberes que multiplicam histórias. O livro é um universo. No sábado foi dia de gravação do podcast, um espaço de troca fértil que rende diálogos que nutrem. Teve encontro com amigos e muito mais. Eu poderia escrever muitas páginas sobre a semana de 08 a 15/09, tantos trilhos, portas, janelas, frases, orações, lágrimas, sorrisos, linhas e entrelinhas que seguem palpitando por aqui, mas esse pequeno ensaio termina aqui, porque a agenda da nova semana me chama. O som da chuva canta lá fora, vou ali preparar meu café. Hoje tem passagem por OZ e Lapa no destino. Que meus sentidos continuem sendo tocados por inspirações cotidianas. Bora!

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Notas de agosto

O intenso agosto terminará com a Lua Cheia no céu de inverno. Escrever sobre o panorama do oitavo mês de 2023 renderia muitas páginas. Há muita vida no capítulo de um único mês. Fazendo um zoom ligeiro sobre os dias e semanas de agosto pipocam muitos acontecimentos, emoções e a certeza de que os encontros afetivos marcam nossa história. Vamos a seleção do que seguirá palpitando na continuidade dos dias vindouros:

O samba de OZ desembarcou na Vila na companhia de amigos que vibraram com o churrasco dos pais e amigos. Que celebração memorável. Logo teremos mais uma roda para brindar a alegria dos encontros. O diferencial que a presença faz em nossa história é marcante.

Tivemos temperaturas quente e muito fria também, nesse clima louco de terras paulistas. Dias de sol e chuva, de casaco e bermuda. Haja saúde para enfrentar tanta mudança. Teve sopa, feijoada, suco e sorvete. Aniversariantes especiais, pai, irmão e amiga.

Nasceram as folhas da Amoreira e as primeiras frutas. Hoje já experimentei a doçura da amora do meu jardim. Sinal do fim do inverno e da primavera que logo chegará. As flores vermelhas seguem enfeitando minha saída e chegada de casa. Tem pássaros na árvore e ninho no pinheiro. Borboletas brancas voando por perto. Livros companhias na rede, no sofá e cama.

Teve canto, sorriso e lágrimas. Silêncio e fala. Sonhos significativos, orações no Terço e missas. Agenda Norte e Sul, novo ciclo começando, jogos e provas do caçula aqui. Cansaço e força para as atividades da rotina. Cumpri minha meta de escrever 1 texto em cada um dos meus Blogs, falhei na rotina de exercícios.

Consegui definir e organizar datas das promessas viagens a serem cumpridas para completar o prometido em 2020. Tem muito afeto no caminho entre o mar e o sertão, nas passagens já vivenciadas que habitam a memória afetiva e nas próximas chegadas e partidas que estão no horizonte.

Planejar os passos é necessário para motivar e concretizar ações presentes e futuras. Ainda que haja dificuldades no trajeto não podemos esmorecer. Há uma energia poderosa quando nos propomos a fazer. Tem que girar a roda no ritmo das marés que tocam. Eu sigo escutando o vento e conversando com as plantas.

Gratidão agosto por tanta vida. E que venha setembro e que chegue a primavera. Estou pronta para a estação de um novo tempo.

as primeiras amoras 2023 do jardim

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Sobre dores, escolhas e levezas

Cada um sabe das suas dores e aperreios. Depois de muito tempo, procuro olhar cada situação com uma visão aprendiz. Não é fácil, nem sempre consigo, sigo tentando, é um processo persistente. Há dias que esmorecemos. Em outros renovamos as forças no clarear do amanhã. Até nesse ponto hoje me sinto mais madura, antes eu me crucificava quando eu não conseguia abarcar tudo. Hoje não, eu aceito que nem todos os dias eu vou conseguir cumprir todas as tarefas do cotidiano. Passei a me acolher também, respeitar meu limite para viver cada dia com mais leveza. Até voltei a caminhar. Um exercício de Amor. Sim e ando tão seletiva ou, como diz meu marido, cada dia mais chata. Segundo ele é a menopausa. Ou o amadurecimento. Ou a soma dos dois, o certo é que os cabelos brancos pipocam. Como diz meu irmão: “relaxa Maria Ivone”. Eu respiro e sorrio ouvindo sua voz que vem na brisa pensamento trazida pelo mar da saudade. Não estou nem no seu rastro de leveza meu irmão, mas prometo que estou melhorando.  Assim evito outra úlcera e coisas do tipo que corrói os órgãos e a alma. Fazia tempo que eu não escrevi e voltei também a rabiscar. Antes que a quarentena acabe meu caderno estará cheio de cartas.



sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Gratidão janeiro/2020

Eita que janeiro passou foi ligeiro. E tenho tanto para agradecer o primeiro mês do ano. Foram tantos desafios, emoções, partidas, chegadas, encontros e passos. Voltei a caminhar e tem sido meu momento sagrado. Eu ando e rezo. Eu caminho com os sentidos aflorados. A memória como cachoeira jorrando saudades e orações. A caminhada 2020 seguirá firme. É um propósito contínuo.

As férias escolares acabaram. O verão segue. As aulas começaram. O ritmo é forte. O cotidiano começa cedo, 4:30 já estou de pé, desperta, para iniciar o dia. Água, oração, escrita, contemplação, café, lancheiras...o acordar movimentado dita o ritmo do cotidiano. E que a energia nunca nos falte, que a saúde seja nossa aliada, que a fé seja fortalecida a cada dia e que o Amor, fonte de todas as bênçãos, siga enlaçando meus passos. Avante que fevereiro vem aí.

Os abraços, a leitura, a oração, iluminando nossas sementes e frutos

sexta-feira, 29 de março de 2019

Viva ao mês de março

É um mês muito celebrado em minha vida. Nasci em março. Minha mãe, avó, tia, sobrinho, primos, primas e amigas. Quanta gente querida. Das águas piscianas e do fogo de Áries. Uma comunhão de elementos. Do fogo que ilumina e aquece. E das águas ora mansas, ora tempestuosas, que vão nos ensinando o aprendizado de cada estação. Renascer é uma dádiva para seguir navegando pelo oceano da vida.

Quanta vida março! Quando paro para registrar minhas gratidões mensais e reflito sobre os acontecimentos do mês, sinto tanto entusiasmo por me permitir relembrar e agradecer a presença das pessoas que enfeitaram meu cotidiano. Agradeço nesse momento por observar que cada passo é importante. Agradecer é uma formar de oração e eu rezo entregando meu louvor a Deus. Sinto uma fortaleza por não ter esmorecido diante do cansaço e das dificuldades. Elas sempre irão existir e ter determinação para ir vencendo cada batalha, por menor que seja, é uma maneira de ir aprimorando nossa resiliência diante dos desafios. Essa convicção se torna cada vez mais presente em meu cotidiano.

E cada dia, por mais que muitos denominem rotina, tem seu diferencial. Mesmo nos dias mais difíceis, parar por alguns minutos para agradecer os pequenos encantos do cotidiano, traz uma sensação de leveza incrível. Sentir é o que nos faz enxergar a graça da vida em ação. Nesse mês de março eu tive o privilégio de viver emoções que marcam nossa jornada. E celebramos a amizade na comemoração do meu aniversário em um encontro cheio de risada e ternura, num lugar que tanto apreciamos. E como não dá para pontuar nem ilustrar todas as gratidões, faço aqui minha seleção de alguns momentos especiais de março/2019. Sigamos celebrando o ciclo da vida. E vamos lá que o último fim de semana de março já sopra os bons ventos do outono.

amigas especiais no meu aniversário. Mais um encontro memorável. Viva a amizade
O primeiro jogo de futebol no estádio. Meu Arthur vibrou muito com seu time do coração
os irmãos brincando com as folhas e flores do outono, o carinho que enternece meus sentidos

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Poesia cotidiana

Há uma promessa em curso
E o milagre em cada passo
Noite, dia, que morre, que nasce
na dança das estações
no vento, na brisa, no calor, no frio
Na alvorada, no entardecer, na primeira estrela
No ciclo lunar e na maré das emoções
vou sentindo o palpitar da poesia
nos alimentos cotidianos

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Abril movimentado

Pediatra 2 crianças
Reunião escolar Arthur
Consulta de avaliação Fonoaudióloga Arthur
Provas bimestrais, lições diárias e trabalhos escolares Isa
Aniversário Bruna, viagem marido
Dor de garganta. Pronto socorro. Isa diz: “ah mãe não pode ficar doente” Sim Isa. Penso que as mães não deveriam ficar doentes. Ainda mais com 2 crianças pequenas.
Organizar aniversário Arthur
E amanhã tenho dentista e salão. Tá urgente meus cabelos brancos. Cada vez que pinto aparece mais. Acho que a fórmula das tintas ampliam os brancos kkk nada...é a idade mesmo.

Cotidiano, pendências, alimentação, soluções, casa, escola, consulta, reunião escolar. Semanas, mês. Ufa! Estou conseguindo concluir abril com a saborosa sensação de realização. Conseguir resolver 2 itens de uma lista de casa e agendar médicos para maio. Tenho muito que melhorar na organização semanal para ir vencendo os desafios de conciliar essa jornada. Mas vamos lá, obrigado movimento da vida de abril. E que venha maio, mês das Mães, Flores, das Marias. Mês de Nossa Senhora!
Minha tríade sagrada que movimenta meus dias. O amor traz inspiração vital.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Gratidão do dia

Final do dia, eu chego em minha casa e encontro o Arthur feliz com os cuidados da tia Coca. E que delícia o jantar preparado com o carinho e o sabor que só ela sabe. Além disso, casa limpa e cheirosa. Minha Isa raspou o prato. Oh gratidão! Banho, descanso e sono reparador.
Arthur diz: mãe hoje tô feliz. Fiquei com a tia. E completa: Temamo tia

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Gentileza cotidiana

Sim, acontece aqui em Osasco, São Paulo e em tantas cidades. Eu já presenciei muitos atos gentis e ontem recebi uma gentileza que me deixou emocionada. Depois de caminhar 50 minutos, acompanhada da minha filha, passamos para comprar frutas e outras coisas para casa. Logo no início da ladeira, tentando equilibrar o peso, um carro com um casal parou e nos ofereceu uma carona. Gentileza doce no cair da noite. Fiquei emocionada com o gesto e na hora lembrei-me do gentilezas urbanas do Catraca Livre.

Em nossos passos pensantes, eu e minha filha, conversávamos sobre a afetividade do brasileiro e isso está refletida nas muitas gentilezas que acontecem no roteiro urbano. A gentileza enche o dia de graça.
#gentilezasurbanas

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Maio turbinado

Maio é um mês significativo em minha vida. Maio tem doce lembrança de infância, das novenas de Maria. Mês de maio, mês de Alegria. Mês das flores, mês de Maria. Em todos os dias de maio eu participava da novena levando flores para enfeitar o altar. Até fui anjo para coroar Maria na última novena que encerra o ciclo com a fogueira das flores. Uma celebração com muita fé e graça registrada no meu livro coração. Maio é mesmo especial.

Foi um mês muito positivo em minha jornada 2011. Muitas realizações, passos sequenciais eficazes que revelam a intensidade da persistência, dedicação, foco e amor entrelaçados em cada conquista. O caminho é uma trilha com muitos desafios, mas, quando estamos alinhados com nossos propósitos, cada etapa alcançada impulsiona a seguinte em uma sintonia espetacular. “É caminhando que se faz o caminho”

Maio foi um mês muito produtivo na Marcos Turbo. Muitas publicações no Blog de turbinas. Novos contatos e vendas na Loja Virtual. Conexões entre turbinas e cidades no Blog Cidades Turbinadas. Links entre o site principal e os atalhos web da Marcos Turbo. Experiências que ensinam que cada venda é uma oportunidade de aprendizado. Duas delas descritas na minha coluna Compartilhando no Portal Colina. Blogar, turbinar e compartilhar são verbos ações em meu cotidiano.

E por falar em turbinar, ler e dialogar, são possibilidades para enriquecer nossa percepção do mundo. Eu amo ler e todos os dias procuro reservar um tempo para minha leitura. E que delícia trocar percepções de leituras em diálogos nutritivos como o que sempre realizo ao encontrar minha amiga Fatyma de Moraes. É tão bom sentir-se acolhida e é assim que me sinto quando vou ao Alpha seja para participar de eventos ou na acupuntura.

Estou em processo de transição. A mudança faz parte dos ciclos da vida e por mais que tenhamos resistência em mudar, as transformações expandem nossa consciência e capacidade de melhorar. É preciso decidir e agir, afinal, o tempo da vida acontece a cada segundo. É você o autor do tempo de sua história.

Já estamos em junho, o outono cada vez mais frio anunciando o inverno que logo chegará. Obrigada maio por tudo. Minha gratidão por mais um mês turbinado. Um mês termina, outro começa. O ciclo é um movimento constante e o novo traz em si possibilidades para avançarmos na estrada da evolução. Meus passos seguem na série turbinada do cotidiano.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Os personagens do bairro

Eu lembro um belo texto do Ferreira Gullar que li faz tempo no qual ele escreveu que embora moremos em uma grande cidade, é no bairro que concentramos nossas atividades do cotidiano. É aqui nossa casa, a rua, a padaria, a praça, a escola, o correio, a banca de jornal, os bazares, lojas e tantos outros pontos por onde circulamos e vamos construindo relações com os personagens do bairro. É aqui que passo o maior tempo da minha vida.

Todo lugar tem seus personagens. Hoje pela manhã encontrei uma especial e instantaneamente minha mente fez os links com o texto do Gullar e com outras pessoas. Ela é a vó, não a minha, mas chamo-a assim. É avó de um amigo da família e ela adora andar e viajar. Eu a encontro sempre pelo bairro. Às vezes está vindo da missa na Matriz, de outro bairro, de São Paulo ou chegando de uma de suas viagens. Admiro sua vitalidade e energia de viver. É mesmo um exemplo. Sempre atenta, entusiasmada, carinhosa e com uma palavra e vibração positiva para transmitir.

Na mesma rua que ela mora e na mesma casa que já morei há tempos atrás tinha outra vó. Essa se mudou faz cerca de 1 ano. Todos a conhecem como 10 centavim. Isso porque todos que passavam por ela eram informados de que ela não tinha 10 centavim para comprar o leite para a filha. Certa vez vieram me dizer que era para comprar vinho. Seja como for, nunca em muitos anos que a encontrei praticamente todos os dias, encontrei-a alterada ou soube de algum acontecimento. E, vinho com moderação faz bem ao coração. Ela tem uma neta que é uma mulher adorável e uma excelente profissional de beleza que sempre a repreendeu por esse hábito. Conheço sua mãe e admiro sua bondade e amor pela família. É uma mulher de fé que freqüenta a igreja onde casei. E hoje ao ver a vó do meu amigo, lembrei da vó dos 10 centavim. Espero que ela esteja com saúde e feliz no novo bairro da cidade que está morando.

No domingo, dia da feira, é dia de encontrar muitas pessoas. Se for acompanhada de minha mãe então, demora para voltar pra casa. Até ela trocar figurinhas dos sonhos para decifrar o bicho e outros assuntos mais, a manhã corre. A feira é mesmo um local de cores, sabores e encontros. E o melhor pastel da cidade está na banca dos japoneses da feira da Analice Sakatauskas. É uma excelente pedida com caldo de cana. E tem também o casal do Rio Grande do Norte que vende tapiocas e delícias de milho. E, claro, a banca da batata com o pai e filho atenciosos é sempre uma parada obrigatória. Quantos personagens na feira, no bairro, na cidade, na vida.Esse é meu irmão Henrique. Ele é também um personagem do bairro e tem a inteligência e ousadia de escrever as histórias em um Blog diferenciado: cada post, uma surpresa. Leia e indique o castelo de palavras mais criativo e divertido que conheço

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Múltiplos retratos da cidade

Andar pela cidade é uma oportunidade para percebermos a diversidade que encontramos nos múltiplos retratos que ela revela. Posso olhar com foco na arquitetura e urbanismo, na cultura, nos costumes, no movimento econômico, na dinâmica social e tantas outras leituras. No centro tem um cenário, nos bairros são outros e cada um tem o seu diferencial.

Moro entre duas avenidas com características diferentes. Na Av. Antonio C. Costa, ou simplesmente C Costa como chamamos, o comércio expandiu-se com novos estabelecimentos e está difícil encontrar lugar para estacionar. Eu prefiro circular por lá a pé. Têm correios, bancos, lojas de roupas e calçados, academia, loja de carros, supermercados, restaurantes, veterinárias e muitos mais. É também rota de muitos ônibus que levam ao centro, Vila Yara, Pinheiros, Lapa. Quando preciso de sapateiro, chaveiro, papelaria, material de construção, fotos, dentista, bancos, cachorro quente e tantos outros serviços, é aqui que vou quase diariamente.

A outra avenida é a Analice Sakatauskas. O forte desta avenida é o número de salões de beleza. São vários, pequenos, grandes, novos, os já tradicionais, e estão sempre com clientes. É um reflexo de como o segmento beleza está em alta e a tendência é de expansão contínua. Ótimo para a indústria de cosméticos e prestadores de serviços da área. Mas na Analice não tem apenas salões. Tem uma loja de calçados maravilhosa chamada Carlitos. Conta com bazar, empresas, concessionária Volks, oficinas, autopeças, clínica odontológica e outras opções comerciais.

E no domingo a Analice se transforma. É o dia da Feira. Imperdível o pastel da banca próxima ao prédio. Sim tem um prédio residencial na avenida Analice que ainda tem casas. O domingo é multicolorido e cheio de aromas da feira. Frutas, verduras, legumes, grãos e as bancas repletas de variedades. Se gostar de tapioca irá se deliciar na banca da simpática senhora no final ou começo da feira (depende de onde você inicia). E, claro, a banca das plantas e flores que eu adoro.

Entre essas duas avenidas estão o Bela Vista, Jardim Aliança, Jardim Ipê, Cipava e outros bairros. Ruas, pessoas, escolas, igrejas, casas antigas, sobrados novos, praças, crianças, idosos, jovens e uma grande mistura que forma a paisagem da cidade. Eu moro no mesmo bairro do Esppaço Alpha, um excelente centro holístico um excelente centro holístico que tem yoga, acupuntura, coaching, pnl, reiki e muito mais. Aqui é o Bela Vista e gosto muito daqui, da minha rua, da casa, da proximidade com o centro, das facilidades de ter tudo perto e ainda assim sentir a paz de sentar na calçada no final da tarde. Meu iluminado e turbinado ambiente enfeitado com flores, turbos, música, alegria e energia positiva. "DIAS MELHORES PRA SEMPRE"

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Saborosas recordações de uma caminhada

23/02/2009
Ontem andei pela noite. Fazia tempo que eu não caminhava tranquilamente pelas ruas. Um vento suave soprava trazendo uma agradável sensação de leveza. Noite de verão, segunda diferente, é carnaval. Folia e tranqüilidade em distintos cantos.

Nas ruas, pessoas nas calçadas conversando. Meninos e meninas brincando, uns jogam bola, outros vôlei, outros esconde-esconde. Retratos de infância. Isso me fez lembrar o quanto esse cenário já fez parte de minha vida, como brinquei nas noites enluaradas do sertão, no sítio, nas ruas, nas praças.

Meus passos seguiam pelo bairro. E como somos ligadas ao bairro que moramos, por aqui chamamos também carinhosamente de Vila. Tem a padaria da esquina, mas tem também a bicicleta que passa com o pão todas as manhãs e tardes, o que passa vendendo frutas, sorvete e a noite o carro de churros.

Uma brisa tocou tão intensamente meu rosto e veio a imagem do mar e de duas amigas que estão por lá. Elas estão perto do oceano das águas que movimenta a vida. Como amo o mar, o fluxo incessante das ondas com seu som que penetra na alma. Sinto tanta paz quando contemplo esse reino sagrado. Não é a toa que é meu Elemento.

E por falar em amizade, essa caminhada foi para visitar uma amiga e me fez recordar das tantas vezes que andei na companhia de amigos verdadeiros. Uns de passagem, outros perenes. E aqui me transportei para as trilhas nas montanhas, abraçada pelo verde, pelas flores, pela natureza. Como diz meu irmão-amigo, nas trilhas encontramos amigos eternos. Saudades...

Um ônibus passou. Um transporte que circula por tantas estradas e na cidade é meio de locomoção de muitos. Já conversei tanto em ônibus e com a Bruna sentava no “banco grande” como ela chamava quando pequena. Lembrei também de quando estava grávida e como tive que descer antes do previsto muitas vezes por conta dos enjôos na gravidez da Bruna. Momentos...fases...capítulos...lugares...histórias...

Da rua para a avenida, não a do samba embora seja carnaval. Mercado, açougue, padaria, sorveteria, pizzaria, loja, despachante, dentista, banco, táxi e muito mais em um único quarteirão. Vida cotidiana urbana cheia de repertório. Andando, falando, ouvindo, pagando, comprando, brincando, rindo...vivendo.

A chuva chegou quando eu já estava voltando. Ela veio para refrescar ainda mais a noite de verão. Tive que ligar. Minha pequena Isa não podia se molhar. Fiquei esperando e observando o vai e vém. Os faróis indicavam que ele chegou e a felicidade da baby confirmou. Foi só descer, virar direita, esquerda e esquerda e chegamos.

Minha deusabebê mamou, dengou e dormiu. E eu também adormeci agradecendo pelas recordações saborosas afloradas na caminhada e pela bênção de me sentir tão acolhida e feliz no meu lar. Preciso andar mais. É um exercício saudável,adorável,amigável.

Quando escrevi sobre amizade nesse texto lembrei de amigos especiais. São eles que ilustram esse texto com muito carinho.
Admiro e Amo vocês: Bruna e Anderson!

Notas despedidas

O clima Meu corpo anda dolorido da avalanche de demandas  e cá estou para registrar minhas notas  nessa manhã quente da primavera paulista. ...