Todos nós temos fases doloridas e nem sempre entendemos de imediato os motivos, talvez até nem compreendamos um dia. Certo é que todos nós passaremos por esses períodos, cada um de um jeito, no tempo das circunstâncias “destinadas” ou construídas por cada um, dependendo do contexto. Tenho observado que nesse processo algumas pessoas aprendem e outras perdem a oportunidade de crescer. Tem gente que até fala, verbaliza o nome de Deus, usando uma máscara que convence apenas quem não sente a energia. Algumas situações até forçam atitudes que aparentemente retrata mudanças, porém, a vibração denuncia um fazer sem o verdadeiro amor.
Escolher se afastar de pessoas assim é um antidoto ao veneno
que elas exalam. Até o tom da voz dessas pessoas contamina os ambientes. Somos
ensinadas ou até forçadas a continuar convivendo com gente tóxica. Não precisa
ser assim. É sua escolha e tem quem preste e quem não preste em diferentes
relações. Quando isso afeta sua saúde, você entende o quanto o afastamento, ou
cortar de vez as relações, é ponto crucial para sua evolução. Estou cada vez
mais atenta ao farol intuição. Alguns dirão que estou mais chata. Eu silencio, escuto
os sinais do meu corpo e procuro enxergar as mensagens nas linhas e
entrelinhas.
A constância na observação da incoerência das atitudes vai
refinando sua leitura e definindo as escolhas dos laços que realmente importam.
Ao olhar para o passado eu vejo o quanto deixei de ouvir a sinalização que
palpitou em meu coração e, como se diz no meu sertão, só me lasquei. Estou
beirando os 50 e tenho refletido muito sobre meu próximo ciclo e o chamado para
mudanças que sopram até nos sonhos. Nessa estrada, tenho revisitado feridas para
findar a cicatrização e ingressar num novo tempo.
A consciência se expande quando enxergamos as situações com uma nova ótica e
temos a coragem de enveredar nesse exame criterioso e transformador. Sou grata
por ter cumprido algumas missões que fortaleceram minha fé. Experiências sofridas
que me fizeram acreditar ainda mais que em tudo há um propósito. Estou numa travessia
e na minha quietude há um redemoinho de inquietude. E, embora esse estado
tempestade rasgue minha alma, sei o quanto é necessário mergulhar nesse oceano e
seguir nadando para alcançar a outra margem. Continuarei cultivando a
constância de escolhas sintonizadas com minha essência. Avante!
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