Quantas palavras ou cenas definem sua semana? Por aqui tem variedade. E contrariando esse campo raso da Internet, onde alguns apenas observam as manchetes, uns por falta de tempo, e outros porque realmente não tem interesse em enveredar pelas profundidades, eu costumo ainda escrever mais que um parágrafo. Primeiro que calendário ligeiro! O segundo semestre do ano está a galope! Começa a segunda e de repente é sexta.
Domingo 13 cheguei cedo do Rio de Janeiro, exausta da
viagem noturna que, mesmo diante do sono, não consigo mais dormir no ônibus.
Receio seja sinal da menopausa que bate a porta. Voltei com um rastro de
saudades e muita gratidão por ter sido recebida com tanto carinho no Rio de Afeto.
O mar, as companhias, as ruas, a feira, os bairros, a igreja e tantos momentos
guardados na memória. Prometo encurtar a distância das visitas. Casa, descanso,
sono.
Segunda-feira, despertador, acordar, trabalhar, cozinhar,
etcs, retornar, casa, jantar, dormir...e dentro desse roteiro um emaranhado de
percepções como contemplar o céu da madrugada com as estrelas mais nítidas e a
lua brilhando no silêncio da noite. Rezar sentindo o aroma do café que aquece
os sentidos, a escrita no caderno de oração, os personagens que palpitam na
prece. O dia nasce no caminho e da janela do carro observo a claridade surgir e
abraçar a manhã.
Manhãs e noites frias, céu claro, secura na atmosfera poluída, cansaço, rotina,
borboleta branca no quintal, ligações, perrengues, correria. Teve a melhor
feijoada de Osasco na quarta-feira, visita de mãe na quinta-feira. Conexões com
clientes, parceiros e fornecedores e também com comerciantes na avenida dos
nossos passos empreendedores. Na agenda, a rotina diferenciada, embora pareça semelhante. Aguçar o olhar te faz enxergar detalhes preciosos.
Fiquei emocionada com a gravação de João Gomes na casa de
sua avó. Claro que lembrei de vozinha, vozinho, madrinha, padrinho e toda minha
gente que ama. Tenho muito orgulho das minhas raízes que alicerçaram a base de quem
eu sou e seguem nos meus passos por onde eu andar. Mostrei ao meu caçula e ele
disse, parece terreiro da casa de Vozinha, nascida em Serrita como muitos
Netos, nosso sobrenome. Salve a Missa do Vaqueiro!
Li capítulos do livro já deitada em minha cama, piscando
entre as linhas. Ler é hábito que amo. E procuro exercitar todos os dias, nem
que seja uma página. Pensei agora nos livros que tenho para ler e em outros que
quero adquirir. Levei um livro para o RJ e li durante o percurso de São Paulo
ao Rio. Que leitura arrebatadora, dessas que te prendem e seguem ecoando. Leiam
Estela sem Deus de Jefferson Tenório. Aliás, indico ler e até reler livros e outras publicações para entender melhor sobre diferentes pautas, afinal
muitas pessoas abordam apenas o título, que até anuncia
parte do tema, mas é bem restrito sobre o conteúdo. Em tempos de IA, que sim é
útil para muita coisa, porém emburrece por restringir a pesquisa aprofundada e
o pensamento crítico, é preciso refinar a atenção plena para o que realmente
importa.
Termino esse giro semanal com esses apelos: leiam e sejam
presença real. Faz toda diferença!