quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Gentileza cotidiana

Sim, acontece aqui em Osasco, São Paulo e em tantas cidades. Eu já presenciei muitos atos gentis e ontem recebi uma gentileza que me deixou emocionada. Depois de caminhar 50 minutos, acompanhada da minha filha, passamos para comprar frutas e outras coisas para casa. Logo no início da ladeira, tentando equilibrar o peso, um carro com um casal parou e nos ofereceu uma carona. Gentileza doce no cair da noite. Fiquei emocionada com o gesto e na hora lembrei-me do gentilezas urbanas do Catraca Livre.

Em nossos passos pensantes, eu e minha filha, conversávamos sobre a afetividade do brasileiro e isso está refletida nas muitas gentilezas que acontecem no roteiro urbano. A gentileza enche o dia de graça.
#gentilezasurbanas

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Menos rótulos, mais respeito

Essa onda de preconceito tem cultivado um terreno perigoso entre as pessoas. Desencadeada com a campanha eleitoral fez brotar sementes de intolerância que estão atingindo um nível preocupante. Que colheita terá com esse clima? Tenho escutado coisas assustadoras sobre nordestinos, sobre divisão do país, entre outras “pregações” de argumentos preconceituosos de quem se considera “melhor”. Pessoas que utilizam rótulos para designar as pessoas como “ignorantes” “falsos” e outros que nem vou mencionar. Quem rotula restringe seu ângulo de visão. Quem privilegia o respeito expande sua percepção.

Sei que esses ataques preconceituosos são de uma minoria e espero que continue sendo. E por mais que nos afetem essas citações, é melhor não dar espaço para raiva e alimentar essa energia. Isso não quer dizer que devemos nos calar diante dessa falta de respeito até porque é crime. Mesmo se o sangue ferver, vamos conter nossos ânimos para não retrucar no mesmo tom. Como diz Jean de La Fontaine: “Paciência e nada de pressas fazem mais do que a força e a ira.”

sábado, 25 de outubro de 2014

Sobre as campanhas eleitorais e o voto

As acusações dão o tom nas campanhas. Só que nessa campanha ganhou dimensões assustadoras. Ao invés de debater problemas reais apontando soluções, a base do discurso é tentar atingir o outro. Será mesmo que essa é a fórmula pra mostrar quem é melhor? Penso que só estimula o preconceito e outros fatores negativos. Já ouvi tantos absurdos durante esse processo eleitoral que causam indignação e nojo. Preferi não retrucar, optei pelo silêncio. Basta dizer que sou nordestina SIM com muito orgulho e que eu raciocino SIM. É mais fácil generalizar. Na minha simples percepção, Rótulos diminuem a visão, restringem o espaço do conhecimento. Respeito engradece.

O que se vê é uma disputa de partidos que levanta questões de rico contra pobres. Acredito que o contexto deve ser maior. Vivemos em comunidade e muitos problemas comum como a violência afeta todas as pessoas. Pensar restrito não resolve nada, tem que expandir o horizonte. Isso é um discurso pequeno diante da grandeza do Brasil. Oferecer condições melhores para o país crescer é fundamental já que temos potencial para que esse crescimento aconteça. Se o país cresce as oportunidades são multiplicadas.

Acredito que há sim outro caminho, o que convoca o eleitor a questionar, é questionando que avançamos e é cobrando os compromissos dos candidatos eleitos que exercermos nosso papel de cidadão e participamos da construção permanente da democracia. Sua ação é seu reflexo. Não é só votar e pronto, o voto precisa ir além.
Crédito imagem: Blog Compromisso Consciente

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Minha criança eterna

Sou rodeada de crianças que alegram minha vida. Cresci na companhia de irmãos, tantos primos que eu perco a conta e uma ruma de amigos de infância. Aliás, desse período guardo recordações sensacionais que povoam meus sonhos. Os pulos da canoa para demorados mergulhos no açude. Ficava ali nadando e contemplando a beleza dos raios solares refletidos da margem até o mais profundo que conseguia mergulhar. E que delícia quando eu descia entre as bananeiras logo cedo e chegava ao trecho de areia, perto de onde estava ancorada a canoa e me sentava ali para ouvir o canto das marés. Sim, eu converso com as águas até hoje e perco a noção do tempo. E o que dizer da delícia de subir em árvores e fazer dos galhos minha casa imaginária. Não tem melhor morada com sombra, folhas, flores, frutos e pássaros que vem nos visitar. E minhas lindas bonecas de sabugo de milho com seus cabelos dourados balançando ao sabor do vento.

Sim, tive minhas privações na infância, como muitas crianças do sertão. Só que sinceramente elas não deixaram marcas danosas. Lembro é com alegria das visitas de vozinho que nos levava mantimentos e da alegria de falar ao telefone com meu pai distante em São Paulo por alguns períodos. Melhor ainda era quando ele retornava. O que fica é tudo que é especial, que toca a alma, que enternece o coração e posso dizer com letras gigantescas que tive na minha infância e continuo a ter a presença de muito AMOR em minha vida. E é isso que faz toda diferença na vida da criança que continuamos a ser em diversas gerações. E para parabenizar minha criança, meu melhor presente é ir ao sertão, visitar minha terra, ver o meu povo, brincar e sorrir até dar câimbra nas mandíbulas e a barriga doer. É que sorriso não falta por lá.
Feliz dia das crianças!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Morada coração

O lugar que moramos diz muito sobre nós. Ontem assisti ao programa Morar no GNT e fiquei emocionada com as casas e personagens do sertão do Cariri. Cidades que margeiam a Chapada do Araripe, com suas janelas, portas, altares, cadeiras de balanço, redes e cantos recheados de significado.

E vi a mesma porta da casa de minha avó-madrinha, a similar cadeira de balanço que ela sentava na calçada, a janela do quarto, o mesmo singelo altar da casa de vozinha, os potes cobertos com os panos rendados, os cravos e as plantas no quintal, a colcha de retalhos e tantos detalhes que enfeitam o lar. E o que dizer do sorriso alegre do sertanejo em receber em sua morada, quanta saudade.

Casas que revelam o retrato de um povo que sabe acolher que cria laços e desata nós. Moradas com cheiro de coração que exala fé, alegria e amor.
Lá na sala da casa de vozinha. Um lar que me sinto acolhida.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Torcer é aprender

A energia da torcida brasileira realmente é diferencial. Imprimir essa força torcedora e realizadora em nossos jogos diários também faz toda diferença na realização de nossas metas. Há muitas lições em cada jogo e o resultado final da partida vai depender da atuação da equipe. Em tudo há uma interligação, na derrota e na vitória, há sempre uma fonte de aprendizado. Se mantivermos a disposição para aprender abrimos espaço para avançar em qualquer competição. E vamos lá, que o jogo da vida acontece no cotidiano e o agora é um presente para construir o futuro. E vamos aprender torcendo e seguir na torcida por passos aprendizes.

torcida turbinada por passos aprendizes em cada jogo da vida. Vamos lá com energia turbo-positiva

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Frio e Leitura

Há muitas coisas que combinam. Frio e leitura formam uma deliciosa combinação. Sofá, manta, livro, silêncio, viagem. Ler é maravilhoso em qualquer estação, no entanto, nos dias frios, que nos convidam ao aconchego do lar, ganha um calor charmoso. E vai ser assim, no final de semana que chega para curtir com a família e os livros.
Crédito da imagem aqui

segunda-feira, 31 de março de 2014

Mudança da casa para o apartamento

Concentrar proximidade casa, trabalho e escola das crianças é um privilégio. Com esse objetivo fiz uma mudança da casa para o apartamento. Menos é mais em muitos aspectos. Vice e versa também. Toda mudança dá trabalho. Até conseguir instalar cada coisa em seu canto leva tempo. Dias, semanas, meses. Tenho a impressão que sempre estaremos mudando alguma coisa em casa, para deixá-la assim com nosso jeito. Conheço pessoas que tem horror a mudança. De fato, estamos tão acostumados com cada coisa em seu lugar que quando temos que mudar de casa parece que ingressamos no caos. Eu exercito paciência em cada mudança, meu marido amplia o estresse. Outro fator positivo em mudar é o desapego. É hora de se livrar de tudo que não usamos e que guardado por algum motivo. Faz 1 semana que estou no meu novo canto e ainda tenho muito pra ajeitar. O caos é uma oportunidade para avançar.

Tudo tem seus prós e contras, é claro. A dualidade é constante em nossa jornada. Da casa que não curtia muito por falta de tempo, confesso que não sinto muita falta. A não ser do jardim, mas logo vou preparar um vertical que vai colorir minha sacada. Ainda tenho que buscar um vaso do jardim com uma planta que estimo. Ela vai ficar linda em um canto da minha nova sala, claro que vou ter que trocar um vaso por outro mais leve e com outra cor. Detalhes.

E por falar em casa, ai que alívio que tenho de não ter mais banheira. Dos quase 3 anos que morei lá, nunca usei. E que trabalho deixar ela branquinha. Tudo bem, banheira é relaxante e conheço pessoas que são loucas pra ter. Entre ter e utilizar há um espaço enorme. Quando eu for para algum hotel ou trocando o h por m, eu uso sem ter crianças indo me fazer companhia no banheiro. Sim, ouvi dizer que minhas crianças irão sentir tanta falta de ter quintal, pode até ser. Se bem que já estão adorando o parquinho do prédio onde tem criança pra compartilhar a brincadeira. E a alegria da Isa ao descobrir que sua amiga Joyce que já está em outra escola, mora no mesmo condomínio. Os abraços, o dia inteiro brincando juntas. Bom, ela ainda nem citou o quintal. Criança é mestre em nos ensinar como lidar com o novo e na adaptação de mudanças. E para finalizar o item quintal, lembrei agora de uma diarista que foi lá em casa e disse: “Ah dona Ivone, porque a senhora não muda pra um apartamento e se livra desse quintal”. Como diarista boa está cada dia mais raro, é uma disputa encontrar, é muito mais prático ter como você limpar e manter a organização.

Meu marido sente falta da área da churrasqueira da casa. Se bem que limpar depois da farra, sempre dava uma preguiça danada e eu precisa fica falando e falando até ele cansar e ir logo limpar de vez, isso quando eu não ficava P e eu mesma ia limpar. Para aliviar, temos no prédio um excelente salão de festa com churrasqueira, é só agendar. Fazer churras todo final de semana também cansa. E uma pizza em casa com amigos mais próximos também rende ótimas risadas e suja bem menos. E no apartamento já tem churrasqueira elétrica que faz um grelhado maravilhoso. Tudo fácil e funcional.

Observei que no apartamento, tudo térreo, fica todo mundo mais perto. Na casa, sobe as escadas e cada um no seu canto cria um distanciamento. Fica parte no andar superior e outra no inferior. Fragmenta. E meus joelhos não gostam muito de escada. Agora tudo no mesmo plano, aproxima. O visual também mudou, o verde deu lugar às luzes cintilantes da noite na cidade e no amanhecer vejo o nascer do sol do alto. E, claro, com muito mais disposição quando lembro que não vou pegar trânsito. Ah o outono e seus bons ventos. Nova experiência. Salve a proximidade!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Excessos e desperdícios

Duas palavras que encontramos entrelaçadas em diferentes situações. Excesso gera desperdício em distintos sentidos. Selecione um caso de excesso ou desperdício e veja como as duas palavras caminham juntas. Duas palavras citadas em uma recente e produtiva conversa. Mães compartilham muitos temas nos mais variados lugares. Dessa vez foi no parque lá do condomínio. Enquanto os pequenos brincam aproveitamos para dialogar. E quando há sintonia o papo rende. E foi a primeira vez que conversamos.

Ouvi com atenção a história da sua mudança de cidade que gerou uma mudança de postura. Ela morava em uma casa 3 vezes maior que a atual em uma cidade do interior paulista. Teve que organizar a mudança em 1 semana para uma nova etapa de trabalho do seu marido. No dia de mudar percebeu quanta coisa tinha em casa sem uso. Sempre que ia ao mercado ou outro local, comprava alguma louça ou item de decoração. Perdeu a conta de quantas toalhas tinha, além de outros objetos mencionados. Estimou um número x de caixas e a empresa teve que providenciar com urgência um número bem maior. E as horas do dia corriam. Ela disse que olhou o relógio e aquele volume de caixas já empacotadas e outras tantas para empacotar e disse: “chega, não empacote mais nada”.

A esposa de um dos ajudantes do caminhão estava para ganhar bebê ganhou o quarto e carrinho. Diversos brinquedos que ainda estavam na caixa foram doados. E muitas outras coisas da casa também foram doadas. Com entusiasmo ela falou como a mudança de cidade e casa a fez mudar de atitude:
”Eliminei o excesso, fiquei apenas com o que utilizo e parei de desperdiçar dinheiro e tempo comprando coisas que nem sequer usava. Disse para minha mãe: parei com isso mãe”

Com disciplina e consciência evitamos muitos excessos e desperdícios. Um exemplo simples, minhas amigas sabem como não sou nada prendada na cozinha, no entanto, como desperdiçar alimentos me incomoda, estou tentando aprender a utilizar medidas e não é que faz 2 semanas que ando acertando a quantidade certa do arroz para 1 refeição. É prática, tentativa, aprimoramento. E por falar em amizade, lembro com alegria da minha amiga Z citando a seleção que fez em seu guarda-roupa quando ela mudou. Ficaram peças selecionadas.

O que não utilizamos pode ser muito útil para outra pessoa. Roupas, brinquedos e outros objetos que ficam parados, tornam-se pesados, é excesso de bagagem e energia desperdiçada. O ano tem 4 quatros estações. Na passagem de cada uma delas já fiz minha programação da limpeza da estação que termina para abertura de um novo ciclo. Um ritual para exercitar MENOS excessos e desperdícios e cada vez MAIS leveza.
O mar com toda sua grandeza nos ensina a simplicidade do ciclo de ir e vir das ondas

Notas 01/2024

Muitos dizem que janeiro foi longo. Eu digo que foi ligeiro. Eita quanta vida em 31 dias. Já até virou capítulo de 2024. Foram tantas emoçõe...